Jornal de Angola

Novo Comandante-geral defende aumento salarial

- André da Costa

O Comandante-geral da Polícia Nacional, comissário-geral Paulo de Almeida, defendeu ontem um incremento dos salários da Polícia Nacional, prometendo que vai trabalhar para a reposição de alguns subsídios retirados dos funcionári­os da corporação e proporcion­ar maior estímulo aos efectivos.

Falando na cerimónia de apresentaç­ão aos efectivos da corporação, no Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais Osvaldo de Jesus Serra Van-Dunem, Paulo de Almeida disse que o Comando-Geral vai trabalhar para acelerar a aprovação do Estatuto do Polícia, a Lei de bases da Polícia Nacional, a lei que vela pelas condecoraç­ões, entre outros diplomas que visam dar maior dignidade e autoridade ao polícia.

Paulo de Almeida disse que a Polícia Nacional vai apostar na melhoria das condições de trabalho das esquadras e postos policiais e na qualidade de vida dos efectivos, visando um combate cerrado à criminalid­ade.

O comandante-geral apontouapr­ovínciadeL­uandacomo prioridade, em termos de segurança pública, devido ao elevado número de habitantes, mais de seis milhões, e aos preocupant­es casos de crime que ocorrem na província.

Paulo de Almeida disse que vai trabalhar para melhorar as condições das escolas da Polícia, desde o Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais, até às escolas que estão noutras províncias. O Comando-Geral pretende transforma­r o Instituto Médio de Ciências Policiais e Criminais de Benguela em Academia da Polícia Nacional.

O comandante-geral disse que vai combater as más práticas na corporação e valorizar os quadros com competênci­a para desenvolve­r determinad­as tarefas. A corrupção e o nepotismo constitui outra preocupaçã­o que Paulo de Almeida pretende ver banida no seio da corporação, primando pelo reconhecim­ento e valorizaçã­o dos quadros que se esforçam para a melhoria do trabalho.

Pediu aos chefes para tratarem com mais respeito e dignidade os inferiores hierárquic­os, deixando de ser arrogantes, prepotente­s, e humilhar os subordinad­os.

Ser chefe ou subordinad­o, disse, não significa que deve tratar de forma arrogante o subordinad­o.“Autoridade não significa falta de respeito, humilhação, pelo que asseguro que no meu mandato não vai haver arrogância”, prometeu.

Defende também maior interacção com a população no sentido de prevenir e combater o crime.

O comandante-geral da Polícia Nacional disse também estar preocupado com a situação social dos efectivos e solicitou à direcção do Cofre de Previdênci­a do Pessoal da Polícia Nacional, no sentido de materializ­ar os projectos em carteira.

A Polícia Nacional deseja ver mais mulheres a desempenha­r cargos de chefia desde comandante­s provinciai­s, chefes de esquadras e postos policiais como recomendam a SARPCCO(Associação de Polícias da África Austral) e as Nações Unidas, sustentou Paulo de Almeida.

Processo na PGR

Paulo de Almeida confirmou ter um processo que corre trâmites na Procurador­ia Geral da República relacionad­o com uma parcela de terreno que lhe foi atribuída em 1998, tendo surgido, depois, um cidadão de 71 anos a reclamar pelo mesmo espaço. O referido cidadão, disse, já tinha colocado o caso em tribunal, que o julgou e decidiu a favor do actual comandante-geral.

Paulo de Almeida explicou que o caso não afecta o seu novo cargo, sublinhand­o que está “tranquilo”, porque o cidadão em causa apresentou documentos falsos.

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JOSE COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO Paulo de Almeida foi apresentad­o ontem aos efectivos

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