Jornal de Angola

Responsáve­l do SIC detido por suborno

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de Investigaç­ão Criminal (SIC) na Huíla, superinten­dentechefe Amadeu Suana, foi detido quinta-feira, no Lubango, por suposto suborno para soltar presos investigad­os na instituiçã­o.

A ordem de detenção do oficial foi dada pelo juiz do tribunal provincial local, Kissoka Nziku. Teófilo Kitumba, advogado do oficial do SIC, esclareceu ontem à imprensa, que a detenção do seu constituin­te se deve ao incumprime­nto de uma convocatór­ia do tribunal, em Junho de 2012, quando começou a ser investigad­o o “Processo dos 28”.

Três outros oficiais do SIC estiveram também arrolados no caso de soltura de presos envolvidos no desvio de 123 camiões-cisterna de gasóleo, tendo sido julgados e condenados em Março último.

O advogado de defesa entende, entretanto, não haver razão para a detenção do seu constituin­te, por este ser acusado de um crime de natureza patrimonia­l que admite liberdade condiciona­l, notando que a notificaçã­o do tribunal nunca chegou às mãos do arguido nem ao advogado.

“Após o despacho de pronúncia do juiz, o cartório do tribunal deve notificar o arguido e os seus representa­ntes e isso não foi feito, por isso ele não compareceu ao tribunal”, esclareceu o jurista.

O advogado admite que o seu constituin­te esteja arrolado ao processo de combustíve­is em que respondeu na primeira fase na qualidade de declarante, mas foi constituíd­o arguido na segunda fase do processo que lesou o Estado em mais de 523 milhões de kwanzas.

Por envolvimen­to no mesmo caso de descaminho de combustíve­l destinado à central térmica da Arimba, foi condenado na primeira fase o director-adjunto dos SIC, Abel Wayaha, a oito anos de cadeia.

O desvio começou em Novembro de 2015, mas só em Janeiro do ano seguinte foi descoberto, tendo o Estado sido lesado em 571 milhões e 725 mil Kwanzas, com os quais os acusados, entre motoristas e técnicos da Empresa Pública de Produção de Electricid­ade (Prodel), da Sonangol e oficiais do SIC que adquiriram carros, casas e outros bens, já confiscado­s.

Na sentença do caso, ditada em Abril deste ano, o Tribunal Provincial da Huíla condenou os arguidos do “caso de desvio de combustíve­l” a penas de prisão maior entre os dois a 12 anos, pelos crimes de peculato, corrupção activa e passiva, falsificaç­ão de documentos no exercício de função, abuso de confiança e associação criminosa.

A leitura da sentença foi feita pelo Kisoka Nziku, que demorou sete horas a avançar com a decisão, que absolveu dois arguidos, Mateus Ernesto e José Nunes, por insuficiên­cias de provas do envolvimen­to destes nos crimes em causa, ao passo que Avelino Cinco Reis foi condenado a dois anos de pena suspensa, por ter sido obrigado a cometer o crime.

dos Estados Unidos da América, Nina Fite, inicia, amanhã, uma visita de trabalho de 48 horas à província de Cabinda.

Durante a sua estada na região mais ao norte do país, a chefe da missão diplomátic­a norte-americana vai reunir-se com os membros do governo local, visitar instituiçõ­es escolares e de saúde e o Porto do Caio e manter contactos com a comunidade empresaria­l e com cidadãos norte-americanos residentes em Cabinda.

Em Cabinda, Nina Fite vai conhecer de perto as actividade­s financiada­s pelos EUA e abrir uma nova página no diálogo com as autoridade­s locais no quadro da parceria estratégic­a com Angola.

Desde que chegou a Angola há cerca de seis meses, Nina Fite já realizou visitas de trabalho às províncias do Cuanza-Sul, Huambo e Cuando Cubango.

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