Cuito Cuanavale deve ser ensinado na escola
da Universidade Mandume ya Ndemufayo, que superintende as províncias da Huíla e Namibe,defenderam no Cuando Cubango a necessidade de inserir-se no sistema curricular do ensino no país a batalha do Cuito Cuanavale, para permitir à comunidade académica perceber melhor a dimensão histórica em torno dos acontecimentos do dia 23 de Março de 1988.
Para o decano da Escola Superior Pedagógica do Namibe, Bernardo Kamunda, tudo quanto se sabe sobre a batalha do Cuito Cuanavale é que a mesma foi responsável pela abolição do regime de “apartheid” na África do Sul, libertação de Nelson Mandela, independência da Namíbia e a retirada das tropas cubanas em Angola ao abrigo da resolução 435/78 do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).
“Agora, precisamos de saber mais sobre o que realmente se passou no teatro das operações combativas, como a preparação da operação das FAPLA denominada “Saudemos Outubro”, o que deu origem à Batalha do Cuito Cuanavale, a intervenção do exército sul-africano que utilizou armas proibidas e de ogivas nucleares com realce para os “famosos” canhões G-5 e G-6, afirmou Bernardo Kamunda, para quem é necessário que o Executivo crie mecanismos para documentar estas guerras com factos reais e evitar-se especulações.
A batalha do Cuito Cuanavale pode ser o ponto de partida por ter um grande peso no contexto internacional, se comparada com as demais que sempre foram inseridas num contexto de guerra civil em Angola, explicou o decano.
Sublinhou que os momentos difíceis vividos pelos exmilitares das FAPLA devem ser retratados em livros, como uma forma de homenagear todos aqueles que com sangue e suor deram o seu melhor para defender a pátria.