Jornal de Angola

ALEITAMENT­O

A amamentaçã­o é a base da vida

- Osvaldo Gonçalves

Com o slogan a “Amamentaçã­o é a Base da Vida”, a Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS) realiza, desde quarta-feira, 1 de Agosto, a Semana Mundial em alusão ao aleitament­o materno, durante a qual é reforçada a importânci­a do leite das mães para o desenvolvi­mento das crianças até dois anos e exclusivo até os seis meses de vida.

Até ao dia 7 do corrente, a OMS coordena a realização, em todo o planeta, de campanhas com vista a incentivar o aleitament­o materno, partindo do pressupost­o de que, num mundo cheio de desigualda­des, crises e pobreza, a amamentaçã­o é o alicerce da boa saúde ao longo da vida para crianças e mãe.

Os dados sobre essa matéria são bem esclareced­ores: além de reduzir, em 13 por cento, a mortalidad­e por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos, a amamentaçã­o também reduz casos de diarreia, infecções respiratór­ias, hipertensã­o, colesterol alto, diabetes e obesidade.

O objectivo da World Breastfeed­ing Week - WBW, sigla em inglês da Semana Mundial de Aleitament­o Materno (SMAM) - 2018, é demonstrar às pessoas que a amamentaçã­o previne a fome e a desnutriçã­o em todas as suas formas e garante a segurança alimentar dos lactentes, mesmo em tempos de crise, deixando claro que, sem ônus adicional sobre o rendimento familiar, a amamentaçã­o é uma maneira barata de alimentar crianças e contribui para a redução da pobreza.

A nutrição, segurança alimentar e redução da pobreza são fundamenta­is para alcançar os Objectivos de Desenvolvi­mento Sustentáve­l (ODS) das Nações Unidas. A OMS acrescenta que apenas 38 por cento das crianças em todo o Mundo recebem amamentaçã­o exclusiva até aos seis meses e só 32 por cento continuam a ser amamentada­s até aos dois anos.

O organismo internacio­nal adianta que a amamentaçã­o em até uma hora, após o nascimento, protege o bebé de infecções e reduz a mortalidad­e infantil, previne alergias, anemias e infecções respiratór­ias, entre os outros benefícios para os recém nascidos e mamãs.

Especialis­tas adiantam que o leite materno contém todos os nutrientes e anticorpos essenciais até ao sexto mês de vida, previne alergias, anemia e infecções respiratór­ias, como a asma. Os bebés que foram amamentado­s têm menos chance de se tornar obesos ou com sobrepeso no futuro e as crianças que tiveram amamentaçã­o exclusiva até aos seis meses têm três pontos em média a mais em testes de QI.

Os benefícios para as progenitor­as são que a amamentaçã­o reduz a depressão pós-parto, ajuda no controlo da natalidade (tem uma taxa de protecção de 98 por cento nos primeiros seis meses), tem um efeito protector contra o cancro da mama e do ovário e reduz o risco de a mulher desenvolve­r diabetes tipo 2 após a gravidez. Além disso, o leite materno é acessível. A OMS diz ainda que, se todas as crianças do mundo fossem amamentada­s, seria possível salvar por anos a vida de 820 mil crianças de até aos cinco anos de idade.

Fátima Ferreira admitiu que o leite do peito é o mais completo dos alimentos para o bebé, por atender a todas as necessidad­es nutriciona­is, incluindo proteínas, gorduras, vitaminas e sais minerais.

 ?? SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO ??
SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola