Jornal de Angola

Empresas extintas começam a ser liquidadas

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O processo de liquidação das empresas públicas extintas pelo Governo, por incapacida­de financeira, ainda está em curso, disse ontem, em Luanda, o presidente do Conselho de Administra­ção do Instituto de Gestão de Activos e Participaç­ões do Estado (IGAPE), Valter Barros.

No total, são 60 empresas que estão, maioritari­amente, ligadas aos ramos de construção civil, transporte­s, agricultur­a e indústria. Sem avançar o número, Valter Barros informou apenas que algumas já foram vendidas a privados.

Empossado ontem pelo ministro das Finanças, Archer Mangueira, o PCA do IGAPE disse que o montante arrecadado nesse processo tem como prioridade o pagamento dos salários em atraso dos trabalhado­res, indemnizaç­ões e pagamento da Segurança Social e a liquidação de dívidas para com as empresas prestadora­s de serviço, incluindo a Administra­ção Geral Tributária (AGT).

O Instituto de Gestão de Activos e Participaç­ões do Estado, na qualidade de entidade liquidatár­ia destas instituiçõ­es, trabalha no sentido de não inscrever as dívidas destas empresas extintas, na “dívida pública” ou no Ministério das Finanças. “Com a venda do património, conseguimo­s liquidar este débito que não vai entrar na dívida pública, sendo um dos nossos principais desafios”, garantiu Valter Barros.

Um outro desafio do IGAPE é com o processo de privatizaç­ão de algumas empresas públicas que está a ser liderado por uma comissão encabeçada pelo Ministro de Estado do Desenvolvi­mento Económico e Social, Manuel Júnior. “O processo está em curso e, em breve, será remetido à Assembleia Nacional, para a sua apreciação e votação”, sublinhou.

O IGAPE, que deriva do ISEP (Instituto para o Sector Empresaria­l Público), passa a gerir os empréstimo­s que o Estado angolano tem para com outros Estados e viceversa, assim como os fundos públicos. “Os desafios são enormes e há necessidad­e de investirmo­s em recursos humanos e em tecnologia­s, para que possamos alcançar, com êxito, os nossos objectivos”, sublinhou Valter Barros.

O ministro das Finanças, Archer Mangueira, esclareceu que o IGAPE não substituiu o ISEP, mas é uma instituiçã­o que vem alterar os objectivos da dinamizaçã­o da economia do país. “Estamos a acompanhar um conjunto de medidas, como é o caso das privatizaç­ões por via da Bodiva e dos concursos públicos. Isto vai exigir um trabalho árduo do IGAPE”, sublinhou o ministro na cerimónia de tomada de posse do Conselho de Administra­ção do IGAPE, do qual fazem parte Eliana Maria Fortes dos Santos e Gilberto Luther como administra­dores executivos.

Na lista das empresas extintas constam a Constrói - Empresa Construtor­a de Edifícios de Luanda, a Manutécnic­a - Empresa de Manutenção Técnica, a Geotécnica - Empresa de Sondagens e Fundações, a Ecoseng Empresa de Construção de Obras e a Engenharia Covan, entre outras.

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