Situação na RDC volta a ser analisada em Luanda
Objectivo é informar o Chefe de Estado, na qualidade de líder do Órgão de Cooperação Política, Defesa e Segurança, sobre os últimos desenvolvimentos nos Estados-membros
Angola acolhe em breve, em Luanda, uma Cimeira alargada de Chefes de Estado e de Governo dos paísesmembros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
A Cimeira de Luanda deve servir para o presidente deste órgão, o Chefe de Estado angolano, João Lourenço, ser informado sobre a situação política na região, sobretudo na República Democrática do Congo (RDC).
De acordo com o ministro angolano das Relações Exteriores, Manuel Augusto, depois desta Cimeira, o Presidente angolano deverá informar outros líderes dos Estados-membros da SADC sobre o assunto que vier a ser discutido em Angola.
Boas perspectivas
Recentemente, o ministro Manuel Augusto disse, no balanço que fez sobre a visita de dois dias a Luanda do Presidente da RDC, Joseph Kabila, que aquele país vizinho vai continuar a contar com o apoio de Angola em todos os domínios e no reforço das relações bilaterais, económicas, comerciais, políticas e diplomáticas.
Em declarações à imprensa, no aeroporto de Luanda, quando apresentava cumprimentos de despedida ao Presidente Joseph Kabila, Manuel Augusto adiantou que a visita do estadista congolês atingiu os objectivos pretendidos, na medida em que abordou com o Presidente da República, João Lourenço, questões de âmbito bilateral, regional e internacional, tendo analisado também o processo de preparação das eleições na RDC e os resultados eleitorais no Zimbabwe.
As informações que o Presidente Joseph Kabila prestou ao homólogo angolano sobre as eleições foram satisfatórias, de acordo com o líder do Órgão de Cooperação Política, Defesa e Segurança da SADC. “Do ponto de vista de Angola, está tudo normal, desde que se cumpra com a lei”, sustentou o ministro das Relações Exteriores.
Em conferência de imprensa no Palácio da Cidade Alta, depois de um encontro com Joseph Kabila, o Chefe de Estado foi o único a falar sobre o momento particular que a RDC está a viver, referindo-se às eleições presidenciais, que devem ser marcadas para 23 de Dezembro, cujo processo considerou estar a decorrer de forma pacífica e normal.
Desfecho satisfatório
No dia 23 de Junho último, o Chefe de Estado angolano, João Lourenço, afirmou , em Luanda, que a situação política na RDC caminha para um “desfecho satisfatório.” João Lourenço, que discursava na cerimónia de abertura da XX reunião ordinária do Comité Ministerial de Defesa e Segurança da SADC presidido actualmente por Angola, pediu a todos os intervenientes no processo de normalização do conflito na RDC para “continuarem empenhados em garantir um ambiente propício para a realização de eleições credíveis e pacíficas no país vizinho.”
“Continuamos a defender a ideia de que para responder, de forma positiva, à situação política e de segurança prevalecente na RDC, devemos agir em conjunto e em respeito às posições da SADC, da União Africana e das Nações Unidas, que convergem na necessidade do respeito dos acordos de São Silvestre, livremente assumidos pelos principais actores políticos congoleses, Governo e a sociedade civil’’, afirmou o Chefe de Estado.
“Ao que foi dado a conhecer a Angola pelas autoridades competentes congolesas, foram dados passos importantes no sentido da implementação dos aspectos essenciais dos Acordos de 31 de Dezembro de 2016, sinais que podem contribuir para o necessário e urgente desanuviamento das tensões internas naquele país e contribuir para o reforço da confiança mútua entre todas as partes”, afirmou o Presidente da República.
Angola assumiu a presidência do Comité Ministerial do Órgão de Política, Defesa e Segurança da SADC no ano passado.
De acordo com, Manuel Augusto, depois desta cimeira, o Presidente deverá informar outros líderes dos Estadosmembros da SADC sobre o assunto que vier a ser discutido em Angola