Renamo condiciona deposição das armas
A Renamo reconhece que ainda não entregou a lista dos seus militares para os postos de comando das Forças de Defesa e Segurança porque espera pela assinatura de um memorando de entendimento com o Governo.
“Ainda não foram entregues as listas”, declarou o coordenador interino da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, Osssufo Momade, em entrevista ao semanário “Canal de Moçambique”.
O Presidente da República, Filipe Nyusi, disse no dia 11 de Junho, em conferência de imprensa, que tinha chegado a um entendimento com Ossufo Momade para que a Renamo entregasse, num prazo de dez dias, a lista dos oficiais do seu braço armado que quer ver integrados nas Forças de Defesa e Segurança (FDS).
Nyusi fez o anúncio na companhia de Momade, após uma reunião entre os dois líderes na cidade da Beira, província de Sofala, centro de Moçambique. Na entrevista divulgada no fim- desemana, Ossufo Momade diz que a entrega da lista deve ter como pressuposto a assinatura de um memorando de entendimento, acto que ainda não aconteceu.
“Havíamos combinado a elaboração de um memorando de entendimento, acontece que a elaboração desse documento ainda não terminou”, declarou o coordenador interino da Renamo.
Ossufo Momade assinalou que a Renamo exige a reintegração dos oficiais do partido que estão nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique, em paralelo com a incorporação dos que ainda estão no braço armado da organização.
“Não se trata de uma nova exigência, isso sempre esteve claro. Nós queremos que aqueles que estão dentro das Forças Armadas de Defesa de Moçambique sejam reenquadrados”, frisou Ossufo Momade, acrescentando que que o partido exige ainda a presença dos seus quadros nos Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE).