Segurança à navegação em risco na Guiné-Bissau
O capitão dos portos da Guiné-Bissau, Sigá Baptista, acusou os pescadores de roubarem faróis e balizas de navegação, o que disse colocar em perigo as embarcações nos mares do país.
De acordo com Sigá Baptista, os pescadores roubaram os faróis e as balizas afixados nos mares guineenses ainda na época colonial, mas que, até recentemente, garantiam segurança às embarcações que entravam ou saíam do país. “Nesta altura, não temos nenhum farol, nenhuma outra estrutura, que garanta a segurança das embarcações”, defendeu o capitão dos portos guineenses”.
Sigá Baptista considerou que os acidentes que têm ocorrido ultimamente com pirogas de pescadores ou de passageiros, na travessia entre as várias ilhas nos Bijagós, é a consequência da falta de instrumentos de orientação à navegação.
“Como se sabe, estes instrumentos no nosso mar são ainda da época colonial, mas funcionavam, até serem retirados pelos pescadores”, afirmou Baptista.
Para inverter a situação, o Instituto Marítimo Portuário da Guiné-Bissau (IMPGB) elaborou um plano estratégico, com o apoio de parceiros como a Embaixada de França e o gabinete integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz (Uniogbis), aguardando agora a sua aprovação pelo Conselho de Ministros.
“O plano refere que têm força de lei as competências de todas as entidades que intervêm em questões de segurança marítima, nomeadamente os bombeiros e as várias forças policiais, prevendo acções e medidas.