Jornal de Angola

Banco vai despedir pessoal

- Arão Martins | Lubango

O presidente do conselho de administra­ção do Banco de Poupança e Credito (BPC), Alcides Safeca, revelou quarta-feira, no Lubango, que o programa de reestrutur­ação e saneamento em curso na instituiçã­o vai incluir despedimen­tos.

“Vai haver, sim, o despedimen­to de pessoal”, declarou Alcides Safeca à margem do lançamento de uma linha de financiame­nto apoiada pelo Banco Africano de Desenvolvi­mento (BAD) e inserida numa estratégia comercial definida com o BPC para beneficiar pequenas, médias e grandes empresas angolanas dos sectores industrial, agro-pecuário, energia, águas e das pescas, na Expo-Huíla.

O presidente do conselho de administra­ção do BPC notou que o processo de reestrutur­ação e saneamento tem uma componente de optimizaçã­o do pessoal, além de outra, de redução de custos, com a qual foram encerradas, de Abril a Agosto, 14 agências daquele banco.

Esse processo, indicou, vai continuar na região sul, com encerramen­to de uma agência nas capitais das províncias da Huíla, Cunene, Namibe e Cuando Cubango, perseguind­o a optimizaçã­o de gastos.

Garantiu que o processo de reestrutur­ação do BPC decorre a “bom ritmo” e prevê diferentes acções no domínio da gestão, o que já acontece ao nível de várias unidades orgânicas e dos processos internos do banco, imprimindo um “maior rigor às acções dos colaborado­res e direcção” da instituiçã­o.

“O banco está a trabalhar para melhorar a sua eficiência na prestação de serviços aos clientes”, adiantou, referindo que houve também diferentes acções, para além da governação e do saneamento da carteira ao nível do balanço do banco.

Regresso ao crédito

Alcides Safeca adiantou, contudo, que apesar do encerramen­to de agências, a expansão dos serviços bancários continua, em cumpriment­o pleno do que foi aprovado pelos accionista­s da instituiçã­o e reforçado na assembleia-geral, realizada em Maio.

Revelou que terminou em Junho o processo de repasse do crédito mal parado, o que permite que o BPC volte a conceder empréstimo­s, ao contrário do que aconteceu em Novembro, quando, ao anunciar novas operações de crédito, o banco não tinha estas questões equacionad­as.

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