Jornal de Angola

Obras para conter ravinas vão finalizar em Outubro

Ministério da Construção e o Governo da Lunda-Norte deram início às obras para travar as ravinas que ameaçam destruir residência­s e infra-estruturas no Dundo

- Isidoro Samutula/Dundo

As obras de contenção das ravinas que ameaçam destruir vários prédios da zona IV da centralida­de do Mussungue, e algumas infraestru­turas na cidade do Dundo, província da LundaNorte, iniciaram ontem.

Os trabalhos que serão executados durante três meses, por um valor acima de quatro mil milhões de kwanzas, estão a cargo da empresa Griner Engenharia, SA, que venceu o concurso público, para o efeito, realizado pelo Ministério da Construção e Obras Públicas.

As obras vão basear-se na contenção de quatro ravinas que progridem em direcção à centralida­de do Mussungue, Aeroporto do Kamaquenzo e nas estradas nacionais 180 e 225, no sentido DundoXá-Muteba.

Para se travar as ravinas, de acordo com o estudo técnico apresentad­o pelo empreiteir­o, serão feitos 58 mil 290 metros cúbicos do volume de escavação e um volume de aterro de 43 mil 983 metros cúbicos.

A intervençã­o inclui também terraplana­gem, estruturas de drenagem das águas fluviais e integração paisagísti­ca de 41 mil 831 metros quadrados. A fiscalizaç­ão das obras, segundo estão a cargo das empresas BDM engenharia e da DAR Angola.

O ministro da Construção, Manuel Tavares de Almeida, disse que o arranque das obras da cidade do Dundo marca o início de um programa de estabiliza­ção das ravinas na região leste do país, que inclui as províncias da Lunda-Norte, Lunda-Sul e do Moxico.

O programa, segundo o ministro, vai continuar nos próximos dias, nas restantes províncias onde existem também este fenómeno, com realce para as províncias do Cuando Cubango, Cunene, Huíla, Uíje e Zaíre, que, de acordo com o governante, são locais situados numa extensão territoria­l susceptíve­l de erosão hidráulica.

Manuel Tavares de Almeida disse que o órgão que tutela “fez o levantamen­to completo” das ravinas que se estão a desenvolve­r nestas regiões e “traçou programas concretos” para as estancar.

“Estão cumpridas as formalidad­es e procedimen­tos administra­tivos exigíveis por lei e assegurado­s os recursos financeiro­s para esses trabalhos, o que cria as condições para que o sector da Construção e Obras Públicas possa levar a cabo as obras programada­s de estancamen­to das ravinas”, sublinhou.

O ministro disse ainda que, paralelame­nte aos trabalhos de estabiliza­ção das ravinas, o Ministério da Construção está a desenvolve­r projectos de estudo de bacias que envolvem os aglomerado­s populacion­ais nas regiões com ravinas, com vista a projectar sistemas de macro drenagem para evitar que os fluxos hidráulico­s provoquem o desenvolvi­mento e a progressão das ravinas existentes.

Manuel Tavares de Almeida apelou ao empreiteir­o e às empresas de fiscalizaç­ão para “fazerem o melhor dentro das competênci­as de engenharia”, de modo a terminar a empreitada nos prazos, apesar do período das chuvas que se avizinha.

O governador provincial da Lunda-Norte, Ernesto Muangala, disse, na ocasião, que o acto demonstra a capacidade do Executivo em congregar esforços para a resolução dos problemas da população.

Realçou que a província da Lunda-Norte tem 70 ravinas registadas que aguardam pela resposta positiva do Ministério da Construção e Obras públicas

Os trabalhos que serão executados durante três meses, por um valor acima de quatro mil milhões de kwanzas, estão a cargo da empresa Griner Engenharia SA, que venceu o concurso

As obras vão basear-se na contenção de quatro ravinas que progridem em direcção à centralida­de do Mussungue, Aeroporto do Kamaquenzo e nas estradas nacionais

para intervençã­o.

Ernesto Muangala pediu à população para evitar práticas que contribuam para o surgimento de erosões, como queimadas, desmatamen­to e exploração ilegal de inertes, entre outras.

“A população deve juntar sinergias aos esforços do Estado na adopção de medidas de prevenção e contenção de ravinas, para que se possa eliminar os riscos de destruição das infra-estruturas, habitações e empreendim­entos públicos”, disse, o governador provincial, que também apelou ao empreteiro a cumprir com o estabeleci­do contratual­mente.

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JOAQUIM MANUEL AGUIAR | EDIÇÕES NOVEMBRO Uma ravina de grande dimensão está a progredir em direcção a Centralida­de de Mussungue na cidade do Dundo

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