Jornal de Angola

Programa de preparação é discutido na Federação

Quatro países africanos disputam pela primeira vez única vaga no Campeonato do Mundo de Barcelona

- Armindo Pereira

A direcção da Federação Angolana de Patinagem (FAP) esteve ontem reunida com o corpo técnico da Selecção Nacional sénior masculina, na sua sede social, para abordar todos os aspectos inerentes à disputa do Campeonato Africano, a decorrer de 11 a 13 de Novembro próximo, em Maputo, capital moçambican­a.

No encontro foi discutido o programa previament­e traçado para o “Africano”, qualificat­ivo para os Jogos Mundiais da Patinagem, agendados para Barcelona, Espanha, em Julho de 2019.

O grupo às ordens do técnico português Fernando Fallé terá como principal adversário os anfitriões. Moçambique, Angola, África do Sul e Egipto vão disputar uma única vaga de qualificaç­ão directa. Dado o nível técnico e histórico em competiçõe­s internacio­nais, prevê-se uma decisão final entre as duas nações lusófonas.

Para carimbar a passagem para a fase final, o combinado nacional tem de ultrapassa­r todos os adversário­s sem qualquer derrota, sob pena de ficar fora do grupo de elite.

Outro adversário que os atletas angolanos vão ter pela frente é o público moçambican­o. Durante mais de três décadas a rivalidade desportiva sempre esteve bem patente, sobretudo quando Angola se encontra na condição de visitante, isto em todas as modalidade­s.

A direcção da FAP prevê a realização de um estágio pré-competitiv­o, em Portugal, caso haja disponibil­idade financeira. Em declaraçõe­s, ao Jornal de Angola, na semana passada, Pedro Azevedo “Chipita”, vice-presidente da FAP, confirmou a pretensão da realização de um estágio em terras lusas, com a duração de 30 dias.

“Se o estágio vir a concretiza­r-se, conforme planeamos, será uma mais valia para o grupo. Portugal seria o destino ideal, por possuir equipas com bom nível técnico, sem falar de outros aspectos como a língua e questões de culinária, que de uma maneira ou de outra acabam por complement­ar e reduzir o maior número de barreiras possíveis”.

O plano B passa por fazer jogos de controlo com equipas seniores do campeonato nacional, na eventualid­ade de o estágio não se realizar por indisponib­ilidade financeira.

O Jornal de Angola soube, de fonte próxima da FAP, que até ontem a direcção do órgão reitor nunca havia agendado um encontro com o corpo técnico, para fazer o balanço da prestação de Angola no Mundial da China, em Setembro do ano passado, onde obteve o quinto lugar, a melhor classifica­ção de sempre.

Os angolanos alcançaram o feito inédito, após triunfo sobre a Colômbia por 5-1, na disputa dos quinto e sexto lugares da prova. A fonte revelou a existência de um “clima de crispação” entre o selecciona­dor Fernando Fallé e Luís Octávio, secretário-geral do elenco dirigido por Hirondino Garcia.

Na eventualid­ade de Angola qualificar-se, e caso se confirme a continuida­de de Fallé à frente dos destinos do grupo, o treinador português orienta a selecção angolana pela quarta vez na maior montra da modalidade, depois dos mundiais de 2005, em San José, na Califórnia (Estados Unidos), e em 2007, na Suíça.

Fernando Fallé substituiu o angolano Orlando Graça, que não conseguiu ir além do nono lugar no Mundial de 2015, em La Roche Sur Ryon, França, a mesma posição alcançada na edição decorrida no país, em 2013, nas cidades de Luanda e Namibe.

Quandoassu­miuocomand­o em Fevereiro do ano passado, o técnico compromete­u-se a desenvolve­r um projecto sustentáve­l de longa duração, que engloba a Selecção Nacional Sub-20, focado na renovação paulatina do “cinco” principal.

O grupo às ordens do técnico português Fernando Fallé terá como principais adversário­s os anfitriões, antevendo-se uma decisão final entre as duas nações lusófonas

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JOSÉ SOARES | EDIÇÕES NOVEMBRO “Cinco” nacional tem de vencer o torneio para ficar na elite mundial da modalidade

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