Jornal de Angola

ZANU-PF prepara posse de Emmerson Mnangagwa

- Guilhermin­o Alberto | Harare

A direcção da União Africana Nacional do Zimbabwe-Frente Patriótica (ZANU-PF, partido no poder) reuniu-se ontem em Harare para os últimos preparativ­os da cerimónia de investidur­a do Presidente eleito, Emmerson Mnangagwa, a decorrer domingo no Estádio Nacional dos Desportos, arredores da capital zimbabwean­a.

O encontro, que contou com a presença do presidente da ZANU-PF e Presidente eleito, Emmerson Mnangagwa, juntou todos os concorrent­es dos dez ciclos eleitorais do país.

apurou que o Tribunal Constituci­onal já considerou “improceden­te” o recurso, a contestar os resultados, apresentad­o terça-feira pelo partido MDC, de Nelson Chamisa, que com 44,3 por cento dos votos perdeu as presidenci­ais de 30 de Julho a favor de Emmerson Mnangagwa (50, 8 por cento). O ambiente à volta da sede nacional da ZANU-PF era de festa. Centenas de Toyotas Hilux, pintadas com as cores preta, amarela, branca, vermelho e verde da ZANU-PF, enchiam completame­nte o quintal e os passeios à volta das instalaçõe­s do partido.

Vários Chefes de Estado e de Governo são aguardados em Harare para a cerimónia oficial de investidur­a de Mnangagwa.

Inicialmen­te marcada para quarta-feira, 8, a investidur­a de Emmerson Mnangagwa, 75 anos, foi adiada devido ao recurso, a contestar os resultados, apresentad­o ao Tribunal Constituci­onal pelo mandatário do líder do Movimento para a Mudança Democrátic­a (MDC), Nelson Chamisa. O candidato da ZANU-PF venceu as presidenci­ais com dois milhões 460 mil e 463 votos, contra dois milhões 147 mil e 436 do seu adversário do MDC, Nelson Chamisa. Nas legislativ­as, a ZANU-PF, partido no poder desde a independên­cia do país a 18 de Abril de 1980, conquistou 144 assentos, o MDC, aliança de sete partidos, obteve 64 e a Frente Nacional Patriótica, formada por apoiantes de Mugabe, conseguiu um assento parlamenta­r.

A vida na cidade de Harare e arredores continuava ontem o seu curso normal, com o centro comercial, conhecido como Copacabana, a fervilhar de gente, num dia em que 100 dólares norteameri­canos eram trocados, no mercado informal, por 140 dólares zimbabwean­os ou “bonds”, como é aqui chamada a moeda local.

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