Jornal de Angola

Antiga assessora acusa Trump de ser racista

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Uma antiga conselheir­a da Casa Branca acusa o Presidente norte-americano, Donald Trump, de “racista, intolerant­e e misógino”, uma de várias denúncias escandalos­as inseridas no seu novo livro, “Unhinged” (“Desvairado”), cujo lançamento está previsto para amanhã.

Omarosa Manigault-Newman também acusa o Presidente de se comportar “como um cão sem trela” nos eventos que decorrem na instância de recreio que possui em Mar-a-Lago, na Florida, quando a esposa, Melania Trump, está ausente, segundo a imprensa norte-americana, citada pela agência Lusa.

Esta antiga participan­te da emissão televisiva “O Aprendiz”, apresentad­a durante anos por Donald Trump e ex-conselheir­a presidenci­al encarregad­a do Gabinete de Relações Públicas até Janeiro assegurou que três fontes lhe garantiram que têm gravações em que Trump aparece a dizer aquela que em inglês é conhecida como a “n word” várias vezes. Herdada do período esclavagis­ta, a palavra, que pode ser traduzida como preto, tem uma conotação muito negativa e é considerad­a como um dos mais graves insultos raciais quando é utilizado pelos brancos.

O diário "Washington Post2 adiantou que a equipa de campanha de Donald Trump para as eleições de 2020 lhe ofereceu um emprego remunerado a 15 mil dólares mensais (13 mil euros), em troca de um contrato que a obrigava ao silêncio sobre todos os assuntos relacionad­os com Trump e sua família.

Em reacção, a assessora de imprensa da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, escreveu, no sábado, em comunicado, que, “em vez de dizer a verdade sobre todo o bem que o Presidente Donald Trump e o seu Governo estão a fazer para tornar os Estados Unidos seguros e prósperos”, Manigault-Newman fez um livro que está cheio de “mentiras e falsas acusações”.

No seu texto, Sarah Sanders considerou que “é triste que uma antiga empregada da Casa Branca amargurada esteja em vias de lucrar com estas falsas acusações e ainda pior que os media lhe sirvam, agora de portavoz, depois de nunca a terem levado a sério quando ela só tinha coisas positivas a dizer do Presidente, quando ela trabalhava para o Governo”.

Segundo um excerto do livro divulgado no início do mês na edição electrónic­a do jornal “Daily Mail”, Omarosa Manigault-Newman considera que Trump tem exibido “um declínio mental que não pode ser negado”.

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