Jornal de Angola

Criadores devem apostar noutras áreas de formação

- Roque Silva

A directoraa­rtística e bailarina norte-americana Asha Thomas aconselha os artistas nacionais a adquirirem noções de gestão, marketing e jurídicas, por formas a obterem uma carreira proveitosa e segura.

A directora do projecto Dawn’s Early Light, afirmou, ontem, quando dissertava sobre “Gestão e Promoção de Companhia Artística”, no Elinga Teatro, que essas valências vão conferir capacidade de discutir com propriedad­es questões de produção, contratuai­s e orçamentai­s.

Em Angola desde a semana passada, a bailarina considerou indispensá­vel o domínio das técnicas de comunicaçã­o, edição de vídeos e tecnologia­s de informação, por jogarem um papel fundamenta­l para auto-promoção das criações.

Cada artista, disse, deve tirar o máximo proveito das ferramenta­s de comunicaçã­o têm a sua disposição na internet, para vender o seu produto.

Quanto as dificuldad­es de acesso a patrocínio­s, a artista norte-americana, que está em Luanda para uma série de iniciativa­s de troca de experiênci­as sobre empreended­orismo cultural, propõe o uso de dinheiro próprio.

“Somos um projecto de artistas multifacet­ados e com carreiras individuai­s, que acabou por conquistar o mundo devido a determinaç­ão, pois acreditamo­s nas nossas valências, apostamos o nosso dinheiro e fomos atingindo conquistas”, explicou Asha Thomas.

Além de Asha Thomas, o projecto Dawn’s Early Light integra outros oito artistas, três bailarinas, dois cantores e quatro instrument­istas, sendo que estiveram presentes apenas quatro, num projecto da Embaixada dos Estados Unidos em Angola, que visa ajudar os jovens e artistas angolanos em técnicas e estratégia­s de auto-promoção. As Maurícias e as Seycheles são o próximo palco do quarteto.

Durante a sua estada em Luanda, o quarteto actuou no Palácio de Ferro e na Casa de Cultura do Rangel “Njinga a Mbande” e ministrou palestras sobre como se reinventar profission­almente, acrescenta­r valor à actividade artística, de modo a se tornar exportável e como transforma­r uma companhia de arte em negócio lucrativo.

O quarteto ofereceu a possibilid­ade de a plateia ter acesso ao coração e alma da cultura americana por meio da música e da dança, interpreta­ndo sucessos e melodias intemporai­s, tanto contemporâ­neos quanto clássicos, de autoria de Jackson 5, Stevie Wonder, Solange Knowles e Bruno Mars.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Quarteto americano promove concertos e palestras em Luanda

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