Trinta milhões de dólares para refugiados na Lunda-Norte
Recursos estão assegurados e vão ser gastos com alimentação e água, estando as Nações Unidas a trabalhar com os parceiros para a disponibilização da outra parte das ajudas destinada aos assistidos
As Nações Unidas vão gastar, este ano, cerca de 30 milhões de dólares para a assistência aos refugiados da RDC que estão há mais de um ano na LundaNorte, devido à instabilidade política e social na região do Kasai. A informação foi dada pelo coordenador residente em Angola durante um encontro com doadores internacionais e o Governo da Província.
As Nações Unidas prevêem gastar, este ano, cerca de 30 milhões de dólares para garantir a assistência aos refugiados da República Democrática do Congo que estão há mais de um ano na Lunda-Norte, devido à instabilidade política e social na região do Kassai.
A informação foi avançada terça-feira, no Dundo, pelo coordenador residente das Nações Unidas em Angola, Pier Paolo Balladelli, à saída de um encontro dos doadores internacionais com o Governo Provincial da Lunda-Norte.
O responsável das Nações Unidas disse que o projecto inicial previa 60 milhões de dólares para assistir cerca de 50 mil refugiados, mas como estão controlados apenas 25 mil, foram definidos 30 milhões de dólares, que correspondem à metade do valor.
Parte destes recursos, disse, está assegurada e vai ser gasto com alimentação e água, estando as Nações Unidas a trabalhar com os parceiros para a disponibilização da outra parte, de modo a garantir uma assistência mais abrangente para o bem-estar dos refugiados no assentamento do Lóvua e das comunidades locais.
O coordenador residente das Nações Unidas disse que o objectivo da visita, de dois dias, da delegação de doadores internacionais à província da Lunda-Norte visou constatar e avaliar os progressos registados no apoio aos refugiados e as acções desenvolvidas no assentamento do Lóvua, para garantir melhores condições de assistência aos refugiados e às comunidades locais.
Esta constatação, disse, vai permitir que se continue a garantir os recursos financeiros e explicar aos outros países a real situação dos refugiados. A delegação é integrada pelos embaixadores da Holanda, Anne Van Leeuwen, da África do Sul, Fannie Mfana Phakola, e representantes das embaixadas dos Estados Unidos, Reino Unido e da Namíbia, assim como de várias agências das Nações Unidas. Pier Paolo Balladelli disse que a comunidade internacional e o Governo angolano estão juntos numa atitude positiva para continuarem a trabalhar com os refugiados, até que as condições de segurança no Kassai estejam totalmente estáveis. No entender do coordenador residente das Nações Unidas em Angola, os recursos financeiros disponibilizados para o apoio aos refugiados devem também servir para as comunidades locais nas áreas da educação e saúde, fomento à agricultura, protecção social e abastecimento de água potável aos assistidos.
Visita serviu para avaliar os progressos registados no apoio aos refugiados e as acções desenvolvidas no assentamento do Lóvua, destinadas a garantir melhores condições de assistência aos refugiados