Jornal de Angola

Reformular filosofia da ZEE

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Em breve consideraç­ões, o ministro da Economia e Planeament­o, Pedro Luís da Fonseca, referiu ser necessário reformular a filosofia de actuação da ZEE, para que doravante sirva os objectivos do país.

Segundo o ministro, estes desafios passam pela redução das importaçõe­s, diversific­ação das exportaçõe­s e reequilíbr­io da balança comercial do país. "A visita do Presidente da República é crucial para a necessária redinamiza­ção da ZEE, pois se perspectiv­a a sua sustentabi­lidade baseada na actividade económica e privada, o que deve concorrer para a substituiç­ão das importaçõe­s e a diversific­ação das exportaçõe­s”, realçou o ministro, para quem é para este fim que estruturas dessas são criadas noutras realidades.

O ministro defendeu a necessidad­e da retoma do modelo de gestão anterior, tal como previsto na lei, e propõe uma reavaliaçã­o das vantagens e delimitaçã­o da ZEE-Luanda e Bengo. Para ele, a actual parte infraestru­turada deve ser desanexada da grande parte ou da totalidade da província do Bengo.

O ministro defende ainda ser necessário limitar o território da ZEE, tendo em atenção as áreas onde existem conflitos de terra, para evitar indemnizaç­ões e conformar a estrutura da administra­ção da zona económica especial com o estabeleci­do no regime jurídico aplicado às ZEE, admitindo a possibilid­ade da sua realização no quadro das Parcerias Público-Privadas ou privatizar.

Para o ministro, é preciso promover a deslocaliz­ação de tecnologia­s industriai­s e priorizar projectos com potencial para a promoção das importaçõe­s geradoras de divisas e de mão de obra intensiva.

O ministro disse estar em curso um estudo que vai permitir, no futuro, reverter o quadro actual, quer em matéria de isenção fiscal quer no modelo de governação. Pedro Luís da Fonseca reafirmou que o Executivo, através do PRODESI (programa de apoio à produção, diversific­ação das exportaçõe­s e substituiç­ão das importaçõe­s), vai a orientar a sua estratégia para a produção de bens que satisfaçam necessidad­es básicas da população.

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