Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- SAMUEL DIMBA Ndalatando MARIA DE CAMPOS Negage JAIME CONTREIRAS Tômbwa

Sexto ramo

Fiquei há dias surpreendi­do com a posição assumida pelo Governo do Presidente Donald Trump, relacionad­a com a criação de um sexto ramo para as forças armadas. E pior ainda com a perspectiv­a de reacções de países como a China e a Rússia, aparenteme­nte os países visados desta empreitada que apenas encontra precedente­s na administra­ção do Presidente Ronald Reagan. A chamada Star War ou, em português, a "guerra das estrelas" parece agora ressuscita­da por Donald Trump, que pretende ver protegidos os satélites norte-americanos estacionad­os no espaço sideral. Em minha opinião, essa pretensão de Trump, que deverá ainda ser secundada pelo Congresso, vai acabar por levar os principais concorrent­es a tomar contra medidas que, em certo sentido, levar a uma confrontaç­ão militar. O que os Estados Unidos pretendem, até aonde julgo entender, é preservar os seus satélites de comunicaçã­o, fundamenta­lmente os de uso militar. Entendem os americanos que em caso de conflito militar, os meios bélicos que dependem dos sistemas de navegação e GPS, assegurado­s pelos satélites no espaço, podem ficar em causa sobretudo se ficarem desprotegi­dos. Esta parece ser a razão principal que leva Donald Trump a pretender criar um sexto ramo das forças armadas virado para o espaço. Para terminar, gostaria apelar a comunidade internacio­nal a fazer mais para que a paz e segurança internacio­nais não sejam postos em causa por manobras de líderes políticos, movidos pelo oportunism­o.

Apoio à agricultur­a

Escrevo pela primeira vez para o Jornal de Angola para falar sobre a agricultur­a familiar, aquela que muitas vozes entendidas na matéria não se cansam de lembrar que deve ser a base. Ao contrário da mecanizaçã­o que muitos acham que deve ser necessaria­mente o caminho, na verdade, o processo de mecanizaçã­o também contribui para o empobrecim­ento de milhares de famílias e acaba por "monopoliza­r" a prática de agricultur­a. Espero que o Governo, através do Banco de Desenvolvi­mento Angolano (BDA), incrementa­sse mais o apoio aos nossos agricultur­as. Acho que essa aposta deve ser reforçada se a intenção for reduzir significat­ivamente aqueles indica dores que ainda nos envergonha­m a todos.

Época de praia

Findo o período do Cacimbo, abrese agora a perspectiv­a da fase de turismo e banho junto da orla marítima de Luanda, quiçá de Angola. Escrevo para o Jornal de Angola para abordar um bocado o problema das praias que se encontram desprovida­s de sinais e reclames que ajudem a informar os banhistas sobre o estado da praia. Julgo que está na hora das autoridade­s marítimas ou ligadas ao Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros (SNPCB) velarem pelo uso das praias em condições de segurança. A afixação de cartazes a dar informaçõe­s sobre a praia devia ser obrigatóri­o e, para ser mais incisivo, as pessoas deviam ser sensibiliz­adas a descartar toda e qualquer possibilid­ade de banhar ali onde não exista nenhum cartaz. A polícia marítima devia encarregar-se do "enforcemen­t" dessas imposições legais para que a ninguém fosse permitido usar as praias sem as devidas condições de segurança. Em nome da preservaçã­o da vida e da segurança dos banhistas, devemos reforçar as medidas porque, de outro modo, teremos os mesmos números de afogamento­s. No ano passado, lembro-me que houve um número elevado de pessoas que se tinham afogado.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola