Jornal de Angola

É preciso mais tempo para instituir o imposto

- Victorino Joaquim Victor Pedro | Sumbe

A aplicação do Imposto sobre o Valor Acrescenta­do (IVA) a partir de Janeiro deve ser adiada para uma outra data, para permitir aos legislador­es mais tempo de trabalho, defendeu, ontem, em Luanda, o economista e jornalista Carlos Rosado.

Em declaraçõe­s à imprensa, no final do seminário sobre “Jornalismo económico como instrument­o de transforma­ção social”, o economista considerou ser pouco provável que toda a legislação esteja preparada para a implementa­ção do IVA a partir de Janeiro, uma vez que os deputados estão de férias e só retomam ao trabalho a meio do mês de Outubro.

“Neste momento, os deputados à Assembleia Nacional estão de férias e retomam ao trabalho a meio do mês de Outubro. Não acredito que, em dois meses, toda a legislação a ser produzida esteja pronta para que o IVA seja implementa­do a partir de Janeiro do próximo ano. Penso que há precipitaç­ão”, afirmou.

Carlos Rosado lembrou que o IVA é aplicado em todos os países do mundo e que Angola não é diferente dos outros, prevendo que, com a aplicação do imposto, o Estado vai arrecadar mais receitas e o consumidor final ficar melhor servido, uma vez que existe um potencial de descida de preços de produtos e serviços.

Apesar de o IVA aumentar as receitas fiscais do Estado, também está sujeito a fugas ao fisco, pelo que, considerou, deve haver melhor organizaçã­o por parte da Administra­ção Geral Tributária e das empresas, para que a implementa­ção ocorra com sucesso.

Homenagem da Ajeco

O seminário foi promovido pela Associação dos Jornalista­s Económicos de Angola (Ajeco) para homenagear os profission­ais já falecidos Pedro de Jesus Chitas, da Rádio Nacional de Angola, e António José Freitas, da Angop, o extinto “Agora” e o “Novo Jornal”.

Na ocasião, em que foram entregues diplomas de mérito a familiares dos malogrados, o presidente de Mesa da Ajeco, António Bragança, lembrou do passado de ambos e apelou aos demais jornalista­s para seguirem o seu exemplo. autoridade­s tradiciona­is e religiosas, agentes económicos, empresário­s, representa­ntes de partidos políticos e responsáve­is de grupos juvenis.

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