É preciso mais tempo para instituir o imposto
A aplicação do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) a partir de Janeiro deve ser adiada para uma outra data, para permitir aos legisladores mais tempo de trabalho, defendeu, ontem, em Luanda, o economista e jornalista Carlos Rosado.
Em declarações à imprensa, no final do seminário sobre “Jornalismo económico como instrumento de transformação social”, o economista considerou ser pouco provável que toda a legislação esteja preparada para a implementação do IVA a partir de Janeiro, uma vez que os deputados estão de férias e só retomam ao trabalho a meio do mês de Outubro.
“Neste momento, os deputados à Assembleia Nacional estão de férias e retomam ao trabalho a meio do mês de Outubro. Não acredito que, em dois meses, toda a legislação a ser produzida esteja pronta para que o IVA seja implementado a partir de Janeiro do próximo ano. Penso que há precipitação”, afirmou.
Carlos Rosado lembrou que o IVA é aplicado em todos os países do mundo e que Angola não é diferente dos outros, prevendo que, com a aplicação do imposto, o Estado vai arrecadar mais receitas e o consumidor final ficar melhor servido, uma vez que existe um potencial de descida de preços de produtos e serviços.
Apesar de o IVA aumentar as receitas fiscais do Estado, também está sujeito a fugas ao fisco, pelo que, considerou, deve haver melhor organização por parte da Administração Geral Tributária e das empresas, para que a implementação ocorra com sucesso.
Homenagem da Ajeco
O seminário foi promovido pela Associação dos Jornalistas Económicos de Angola (Ajeco) para homenagear os profissionais já falecidos Pedro de Jesus Chitas, da Rádio Nacional de Angola, e António José Freitas, da Angop, o extinto “Agora” e o “Novo Jornal”.
Na ocasião, em que foram entregues diplomas de mérito a familiares dos malogrados, o presidente de Mesa da Ajeco, António Bragança, lembrou do passado de ambos e apelou aos demais jornalistas para seguirem o seu exemplo. autoridades tradicionais e religiosas, agentes económicos, empresários, representantes de partidos políticos e responsáveis de grupos juvenis.