Jornal de Angola

Abel Chivukuvuk­u está proibido de criar um novo partido político

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As decisões de Abel Chivukuvuk­u, enquanto presidente da CASA-CE, não podem sobrepor-se aos partidos coligados, como criar novas formações dentro da coligação, dita o Tribunal Constituci­onal em acórdão datado de 14 de Agosto deste ano.

O acórdão esvazia, também, o papel dos chamados “independen­tes” que integram a CASA-CE, concluíndo que os mesmos não podem fazer parte do Conselho Presidenci­al da coligação.

O Tribunal Constituci­onal deu, assim, provimento parcial a um pedido de esclarecim­ento de cinco dos seis partidos integrante­s da Convergênc­ia Ampla de Salvação de Angola-Coligação Eleitoral, a propósito de um conflito que os opõe ao seu presidente, Abel Chivukuvuk­u.

O processo emergiu da interpreta­ção dos poderes dos partidos em relação à organizaçã­o e funcioname­nto da coligação e o papel e as competênci­as do seu presidente, Abel Chivukuvuk­u.

No acórdão, o TC esclarece que o presidente da CASACE não é líder dos partidos coligados, mas sim apenas um “simples” coordenado­r da plataforma, segundo os métodos adoptados pelos partidos políticos.

“Sendo a CASA-CE uma coligação para fins eleitorais e actividade­s políticas conexas, não pode esta estrutura ser uma individual­idade distinta dos partidos que a integram, pelo que deve haver uma adequação dos Estatutos ao Acordo Constituti­vo da Coligação e à Lei dos Partidos Políticos”, recomenda, ainda, o Tribunal Constituci­onal.

Quanto ao facto de Abel Chivukuvuk­u pretender criar dois partidos políticos – Podemos-Juntos por Angola (PODEMOS-JA) e Desenvolvi­mento Inclusivo de Angola (DIA) - , cujos processos remeteu ao TC, esta entidade qualifica essa pretensão de “ilegal”.

“Os cidadãos ditos independen­tes não podem criar partidos dentro da CASACE, por esse acto ser ilegal”, afirma o Tribunal Constituci­onal no acórdão com o número 497/2018.

Em relação às questões financeira­s, o TC deliberou que elas são de competênci­a da coligação e que, caso haja litígios quanto a um eventual uso indevido dos dinheiros públicos, o Tribunal de Contas poderá entrar em cena.

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NICOLAU VASCO | EDIÇÕEA NOVEMBRO Chivukuvuk­u lidera a CASA-CE

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