China recebe novo grupo de bolseiros
A China vai continuar a oferecer bolsas de estudo a Angola, para a formação superior, garantiu, ontem, em Luanda, o chefe da Secção Política da Embaixada chinesa no país, Chen Zinyang, quando falava ao Jornal de Angola na cerimónia de despedida de 16 bolseiros.
Os novos bolseiros viajam para a China no final deste mês e início de Setembro, assegurou Chen Zinyang, que disse ter o Governo chinês já concedido mais de 300 bolsas de estudo a jovens angolanos, alguns dos quais já terminaram a formação e trabalham em várias áreas em Angola e outros ainda continuam os estudos.
As bolsas de estudo oferecidas pela China cobrem todas as despesas inerentes à formação, incluindo o seguro de saúde, alojamento, alimentação e bilhetes de passagem, informou o diplomata.
Chen Zinyang afirmou que a presença de jovens angolanos na China permite maior interacção cultural entre os povos chinês e angolano.
No encontrou com os 16 novos bolseiros, Chen Zinyang deu uma explicação sobre a geografia, política, economia e cultura da China.
Chen Zinyang lembrou aos jovens as fortes relações diplomáticas e económicas existentes entre a China e Angola, iniciadas em 1983 e fortificadas com um acordo de cooperação estratégica, assinado em 2010. O diplomata chinês sublinhou que, em África, Angola é o segundo maior parceiro da China e o país asiático é o maior parceiro comercial de Angola.
O chefe da Secção Política da Embaixada da China pediu aos jovens para se dedicarem mais ao curso para o qual se candidataram a fim de obterem melhores resultados.
A Embaixada da China em Angola convidou Paulo Taty, um jovem que obteve recentemente na China o mestrado em Direito e Relações Internacionais, para falar da experiência académica adquirida no país asiático. Paulo Taty incentivou os bolseiros a empenharem-se mais nos estudos porque, segundo ele, as universidades chinesas são muito exigentes e, por esta razão, a dedicação é um factor determinante para se concluir a formação no prazo estabelecido.
O mestre em Direito e Relações Internacionais apelou aos bolseiros para respeitarem as leis e cultura chinesa para que a imagem de Angola esteja bem representada nas universidades onde vão estudar.
Paulo Taty sublinhou que adaptação ao clima e à alimentação é o primeiro desafio que os estudantes vão encarar e disse esperar que isso não atrapalhe a formação. O estudo da língua, disse, é de facto difícil, mas que não é impossível de aprender.