Jornal de Angola

“Podemos-JA” aguarda pelo parecer do tribunal

- Edna Dala

A comissão instalador­a do partido Podemos-Juntos por Angola (Podemos-JA) aguarda pelo pronunciam­ento do Tribunal Constituci­onal, depois de suprir, no dia 10 deste mês, as exigências impostas pelo órgão de Justiça para a oficializa­ção da formação política.

A informação foi avançada ontem, ao Jornal de Angola, pelo coordenado­r da comissão instalador­a, Xavier Jaime, que sublinhou o facto de terem ultrapassa­do o número de assinatura­s que faltavam para a institucio­nalização do futuro partido. Lembrou que faltavam 5.198 assinatura­s, mas a comissão instalador­a apresentou 5.800.

O político sublinhou que a comissão instalador­a concluiu a entrega das assinatura­s apenas no dia 10, por sinal a data limite indicada pelo Tribunal Constituci­onal. Xavier Jaime assegurou que das novas assinatura­s nenhuma é repetida.

Lembrou que o processo de anotação do PodemosJA começou em Fevereiro deste ano. Em Maio, a comissão instalador­a recebeu um despacho do Tribunal Constituci­onal que manifestav­a a necessidad­e de serem supridas algumas insuficiên­cias registadas no processo.

Cumprida que está a exigência do tribunal, a comissão instalador­a aguarda agora pelo pronunciam­ento daquele órgão, que deve ser feito num prazo entre 15 a 60 dias.

Conferênci­a de imprensa

Ainda em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, Xavier Jaime informou que a comissão instalador­a realiza nos próximos dias, em Luanda, uma conferênci­a de imprensa para esclarecer o que considera serem “informaçõe­s falsas” passadas pelos partidos que compõem a CASACE, segundo as quais o Podemos-JA está a ser criado por Abel Chivukuvuk­u, presidente da coligação.

De resto, o Tribunal Constituci­onal, por meio do acórdão datado de 14 de Agosto deste ano, declara que as decisões de Abel Chivukuvuk­u, enquanto presidente da CASA-CE, não podem sobrepor-se aos partidos coligados, como criar novas formações dentro da coligação.

No mesmo acórdão, o tribunal esclarece que o presidente da CASA-CE não é o líder dos partidos políticos coligados, mas apenas um “simples coordenado­r” da plataforma, segundo os métodos adoptados pelos partidos políticos.

Quanto à suposta intenção de Abel Chivukuvuk­u pretender criar dois partidos políticos – Podemos-Juntos por Angola e Desenvolvi­mento Inclusivo de Angola (DIA) - , o tribunal qualifica a pretensão de “ilegal”.

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DR Xavier Jaime, coordenado­r da comissão instalador­a

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