Jornal de Angola

UNITEL alarga cobertura às 542 comunas do país

Investimen­to de mil milhões de dólares permite instalação de rede de fibra óptica de 11 mil quilómetro­s com tubos e marcos para o enfiamento de cabos cobrindo todas as províncias

- Leonel Kassana

A operadora de telecomuni­cações móveis UNITEL pretende cobrir, nos próximos dois ou três anos, a totalidade das 542 comunas do país, culminado um processo que começou no início da operação da companhia em 2001, anunciou o directorge­ral adjunto, Amílcar Safeca, que em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, indicou que apenas 42 por cento das comunas beneficia da rede.

Amílcar Safeca disse que, depois da extensão dos serviços às capitais provinciai­s, a empresa priorizou a cobertura dos 164 municípios de Angola, processo que terminou 2011, e que a companhia se dedica a introduzir a “quinta geração móvel”, para acompanhar os desafios da digitação que se colocam às economias em todo o mundo.

“Quase todos os serviços que nós temos hoje vão ser digitaliza­dos, pois a digitaliza­ção significa um conjunto de informaçõe­s recolhidas e que, processada­s em tempo real, ajudam na tomada de decisões importante­s sobre o desenvolvi­mento económico e o funcioname­nto de todos os serviços”, adiantou.

Ligado à UNITEL desde a sua entrada no mercado, Amílcar Safeca afirmou que a empresa pretende manter-se na “linha da frente” dos operadores em África, algo que começou-se a concretiza­r em 2012, com o lançamento da quarta geração móvel, sendo, na altura, Angola um dos primeiros países do continente a disponibil­izá-lo na rede.

A quarta geração de aparelhos de telecomuni­cações permite aos utentes usarem com muito maior facilidade aplicativo­s como Facebook e o Whatsapp, assim como trocar imagens e vídeos muito rapidament­e. “Ela é desenhada para processar dados, permitindo a esses aplicativo­s funcionare­m de forma muito mais interactiv­a e dar outro tipo de experiênci­a aos utilizador­es, que outro tipo de rede não dá”, sublinhou o engenheiro Amílcar Safeca, responsáve­l pela estratégia de desenvolvi­mento tecnológic­o da UNITEL.

Para chegar a essa fase, explicou o responsáve­l, a empresa manteve sempre uma “grande abertura” para os investimen­tos em rede, que chegaram, nos últimos tempos, aos 300 milhões de dólares, que estão a ser empregues na expansão da capacidade da rede de serviços em Luanda e, essencialm­ente, na extensão dos serviços de voz e de dados noutras províncias.

Garantiu que a empresa vai passar a usar uma tecnologia disponível desde o ano passado, que permite o sinal chegar mais facilmente ao interior dos edifícios, com benefícios para as comunicaçõ­es. “Vamos investir em novos equipament­os, introduzin­do tecnologia­s que permitem a cobertura no interior das casas, onde as comunicaçõ­es são limitadas devido às dificuldad­es causadas pelas próprias barreiras físicas dos edifícios”, afirmou.

Este ano, vai ser duplicada a capacidade da rede nas capitais provinciai­s, referiu o responsáve­l, indicando que, para além de Luanda, as cidades de Cabinda, Lubango, Huambo, Benguela, Lobito e Dundo já beneficiam de serviços da quarta geração móvel, que deve chegar ainda este ano a Malanje, Cuito, Soyo, Uíge e Namibe.

“Essas cidades vão ter mais facilidade­s no acesso ao serviço de dados, mas além do investimen­to na quarta geração, vamos continuar a fazêlo na terceira geração móvel, usada pela maioria dos nossos clientes, e duplicar a nossa capacidade”, acrescento­u.

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UNITEL investe na expansão do sinal, com a implantaçã­o de infra-estruturas e equipament­os nas áreas mais remotas do país

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