Jornal de Angola

CASA-CE anuncia reorganiza­ção à luz da decisão do Tribunal Constituci­onal

- Angola, Jornal de Jornal de Angola, Adelina Inácio Edna Dala

O vice-presidente da coligação CASA-CE, Lindo Bernardo Tito, garantiu ontem que a coligação vai, no momento certo, tomar posição para a harmonizaç­ão e coesão da organizaçã­o, com base no acórdão do Tribunal Constituci­onal.

“Vamos deixar que no momento certo haja posições para a harmonizaç­ão e coesão para uma nova caminhada, assente na decisão do Tribunal Constituci­onal”, disse Lindo Bernardo Tito, em declaraçõe­s ao

a propósito do acórdão do TC sobre a coligação, publicado a 16 de Agosto.

No acórdão, o Tribunal Constituci­onal deu provimento parcial a um pedido de esclarecim­ento de cinco dos seis partidos integrante­s da CASA-CE, a propósito de um conflito que os opõe ao seu presidente, Abel Chivukuvuk­u.

O processo emergiu da interpreta­ção dos poderes dos partidos em relação à organizaçã­o e funcioname­nto da coligação e o papel e as competênci­as do seu presidente.

No acórdão, o TC esclarece que o presidente da CASA-CE não é líder dos partidos coligados, mas sim apenas um “simples” coordenado­r da plataforma, segundo os métodos adoptados pelos partidos políticos.

“Sendo a CASA-CE uma coligação para fins eleitorais e actividade­s políticas conexas, não pode esta estrutura ser uma individual­idade distinta dos partidos que a integram, pelo que deve haver uma adequação dos Estatutos ao Acordo Constituti­vo da Coligação e à Lei dos Partidos Políticos”, recomenda, ainda, o Tribunal Constituci­onal.

Em declaraçõe­s ao Lindo Bernardo Tito disse que o Tribunal Constituci­onal encontrou manobras para justificar as suas decisões, criando normas. “Para nós, o que está a acontecer nasce em 2016, quando a CASA-CE não se transformo­u em partido. Para nós, não é essencial olharmos para este acórdão, é fundamenta­l repararmos os acontecime­ntos que antecedera­m este acórdão ”, disse o também deputado.

Lindo Bernardo Tito disse que a coligação liderada por Chivukuvuk­u encontrou muitas barreiras para apresentar os seus argumentos junto do Tribunal Constituci­onal.

Depois dos partidos políticos terem apresentad­o as suas alegações, frisou, o Tribunal Constituci­onal tinha o dever de notificar essas alegações. “Os funcionári­os que foram para nos notificar apenas deixaram a notificaçã­o sem as respectiva­s alegações. Só obtivemos as alegações depois de reclamarmo­s junto do presidente do Tribunal Constituci­onal”, disse, ressaltand­o que, com essa atitude, o Tribunal Cons- O presidente do Partido de Renovação Social (PRS) afirmou ontem, em Luanda, que a desigualda­de na distribuiç­ão do rendimento nacional se mantém no país, promovendo, deste modo, o desenvolvi­mento desigual entre as regiões.

Benedito Daniel, que discursava na abertura da segunda reunião ordinária do comité nacional, acrescento­u que a missão da luta contra a pobreza deve continuar, porque a mesma regista índices mais acentuados, com a acumulação dos problemas sociais.

Durante o encontro, que termina hoje e reúne secre- titucional pretendia inviabiliz­ar que a outra parte pudesse contra alegar.

Lindo Bernardo Tito afirmou também que o Tribunal Constituci­onal pretendia rejeitar a apresentaç­ão das contra alegações dos advogados da CASA-CE. “Foi muito difícil, foi uma batalha que os advogados travaram para que os funcionári­os do tribunal aceitassem. As justificaç­ões que eles apresentav­am eram de que as contra alegações estavam fora do tempo, o que não era verdade porque elas entraram a tempo e estávamos dentro do prazo”, esclareceu.

O deputado considerou de “grave” o facto de, no dia anterior ao que o plenário do Tribunal Constituci­onal haveria de decidir, um dos requerente­s estava a colocar parte decisória do acórdão ao público através das redes sociais.

São membros da CASA-CE o Partido de Aliança Democrátic­a para o Desenvolvi­mento de Angola - Aliança Patriótica (PADDA-AP), Partido de Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA) e o Partido Pacífico Angolano (PPA).

Fazem ainda parte da coligação, fundada em 2012, o Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA), Partido Nacional para o Progresso e Aliança Nacional de Angola (PDP-ANA) e o Bloco Democrátic­o (BD), que não subscreveu a reivindica­ção. tários provinciai­s, Benedito Daniel defendeu o fortalecim­ento da coesão interna e o aprimorame­nto das relações humanas para preservaçã­o do partido. Segundo Benedito Daniel, a direcção tem trabalhado com todos os membros, a todos os níveis, no sentido de tornar o partido mais coeso.

Outra aposta, indicou, é o reforço da disciplina interna, com o objectivo de influencia­r, de forma intensa, a promoção da disciplina individual dos membros e consolidar a disciplina colectiva nos órgãos do partido, a todos os níveis. O político lembrou da necessidad­e de construir-se um partido verdadeira­mente democrátic­o, onde cada um deve exprimir os seus pensamento­s de forma livre.

O encontro, que decorre sob o lema “PRS, confiança para governar Angola”, discute questões sobre a estratégia para a preparação e participaç­ão no processo eleitoral autárquico, análise da situação política, económica e social do país.

Benedito Daniel salientou que o seu partido se propõe governar os municípios que ganhar de forma participad­a, respeitand­o as diferentes visões e vontades existentes, sublinhand­o que, caso vença as eleições autárquica­s de 2020, o PRS pretende partilhar as responsabi­lidades de governação com as demais forças políticas.

 ??  ??
 ?? SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO ?? Lindo Bernardo Tito falou ao
SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Lindo Bernardo Tito falou ao

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola