1º de Agosto tenta forçar quarto confronto da final
Equipa militar joga o tudo ou nada para evitar a consagração antecipada do arqui-rival da Polícia no pavilhão da Cidadela
A equipa do 1º de Agosto é obrigada a vencer hoje o Interclube, às 18h00, no Pavilhão Gimnodesportivo da Cidadela, na terceira partida do “play-off” da final, a melhor de cinco, do Campeonato Nacional sénior feminino de basquetebol, sob pena de ver o arqui-rival revalidar o título.
O grupo orientado pelo técnico Jaime Covilhã averbou duas derrotas consecutivas, e caso pretenda continuar a sonhar com a conquista, que foge das suas hostes desde 2015, vai ter de apresentarse ao seu melhor nível, ante um Interclube, que está a um passo da consagração, bastante moralizado.
Além de aprimorar a vertente técnica e táctica, a componente psicológica é outro aspecto que a equipa técnica das “militares” terá de trabalhar. Uma vitória elevaria o moral do grupo para o próximo desafio, além de escapar de uma eventual vassourada.
Ontem, o grupo preparou ao detalhe este terceiro desafio, onde estão proibidas de falhar, o que seria pelo terceiro ano consecutivo. A ansiedade das jogadoras rubro e negras, na segunda partida, pesou para a derrota, de acordo com Jaime Covilhã, situação que logo espera ver superada.
Ainda de acordo com o timoneiro, a sua equipa vai continuar a lutar e não cogita a possibilidade de “atirar a toalha ao tapete”. Na presente temporada, o 1º de Agosto colecciona até ao momento sete derrotas diante do arqui-rival, quatro delas na fase regular do nacional.
O desaire expressivo, na última segunda-feira (6037) deixou claro que as jogadoras militares vão precisar de motivação extra para levar a melhor esta noite. A única vitória da equipa afecta às Forças Armadas Angolanas sobre as “polícias”, aconteceu na final da Supertaça, há duas semanas.
“Vamos aproveitar o dia de pausa para rectificarmos algumas coisas que não saíram bem no segundo jogo, e fazer o melhor para forçarmos mais dois jogos”, frisou Jaime Covilhã, na antevisão do desafio decisivo para a manutenção das aspirações da equipa.
Por seu turno, o Interclube, que está a um passo da revalidação, não pretende adiar a abertura do champanhe, para assinalar o 13º título para a galeria do Rocha Pinto.
Para tal, Apolinário Paquete, técnico principal da equipa, pediu às j ogadoras para controlarem a ansiedade, sob pena de comprometerem os objectivos.
Pauline Akonga e Italee Lucas, com 17 e 16 pontos, respectivamente, podem voltar a ser determinantes hoje, depois de terem sido as artífices do triunfo anterior. O jogo ofensivo das “polícias” passa maioritariamente por estas duas unidades. A estas junta-se as postes Felizarda Jorge e Nadir Manuel, sem desprimor das colegas.
A defesa vai certamente ser outra arma a ser usada por Apolinário Paquete e pupilas, para travar o 1º de Agosto, como fez questão ressaltar no resumo do último desafio.
O dia de competição reserva ainda o não menos aliciante Grupo Desportivo O Maculusso-Inter de Benguela, às 16h00, no mesmo recinto, para a atribuição do terceiro lugar. A equipa da capital forçou “a negra” e deixou a decisão para a terceira e última partida.
A julgar pelas circunstâncias, adivinha-se uma partida disputada do primeiro ao último instante, para gáudio dos aficionados da modalidade. Muito equiparadas, do ponto de vista dos plantéis, o desfecho da luta pela medalha de bronze é imprevisível.
De um lado, O Maculusso, que deseja igualar a classificação passada, do outro a formação da cidade das Acácias Rubras que sonha com a melhoria da prestação anterior. Condimentos suficientes para uma boa partida de basquetebol.
O desaire expressivo, na última segundafeira (60-37) deixou claro que as jogadoras “militares” vão precisar de motivação extra para levar a melhor esta noite