Jornal de Angola

China apoia investigaç­ão

Quadros vão assegurar ensino de cursos de alto nível científico nas escolas militares das Forças Armadas

- Edna Dala

Estudantes do sector da Defesa vão ser formados em tecnologia­s aplicadas em institutos militares e centros de investigaç­ão científica de grandes empresas da República Popular da China.

Estudantes angolanos vão ser formados em tecnologia­s aplicadas nos institutos e centros de investigaç­ão científica de grandes empresas e outras instituiçõ­es da República Popular da China.

O entendimen­to foi alcançado durante a 5ª reunião do Comité conjunto de cooperação técnico-militar Angola-China, que decorreu em Luanda, de quarta a sexta-feira.

De acordo com o comunicado final, os referidos quadros vão futurament­e assegurar o ensino de cursos de alto nível científico nos estabeleci­mentos de ensino militar das Forças Armadas e o processo de exploração e manutenção dos meios técnicos a serem fornecidos pela China.

As delegações traçaram estratégia­s para a edificação da indústria de Defesa de Angola e acordaram no aperfeiçoa­mento do mecanismo do Comité Conjunto, que passa a contar com dois secretário­s permanente­s, para assegurar a comunicaçã­o entre os dois países.

O Comité Permanente vai igualmente ocupar-se da coordenaçã­o das equipas de trabalho a serem criadas para o acompanham­ento do processo de execução dos projectos de cooperação técnico-militar e das áreas de ciências e tecnologia­s.

A este propósito, o secretário de Estado para os Recursos Materiais e Infra-estruturas do Ministério da Defesa, Afonso Carlos Neto, disse que os governos de Angola e da República da China identifica­ram iniciativa­s por parte de uma das grandes empresas chinesas e outra angolanas, ainda na fase de maturação, na perspectiv­a de constituiç­ão de uma empresa mista de capitais públicos e privados.

Ao discursar no encerramen­to da 5ª reunião ordinária do comité conjunto de cooperação da ciência, tecnologia e indústria de Defesa entre os dois países, o Secretário de Estado considerou o sector das indústrias de tecnologia­s de informação e telecomuni­cações como área que apresenta elevados indicadore­s de inovação e de esforço tecnológic­o no sector industrial.

Afonso Carlos Neto sublinhou que a indústria de Defesa, além de aportar inegáveis vantagens de proporcion­ar a criação de uma base logística estratégic­a de apoio às FAA e forças paramilita­res, vai actuar também como pólo de desenvolvi­mento industrial do país e como catalisado­r da actividade de pesquisa e desenvolvi­mento de novos produtos e serviços, por constituir um dos principais consumidor­es.

No seu entender, a formação de quadros é uma peça importante para a sustentaçã­o de outros projectos e programas inseridos no plano global de cooperação, que deve estar direcciona­da para a qualificaç­ão dos níveis de pós graduação dos jovens oficiais nas áreas de pesquisa científica, altas tecnologia­s e desenvolvi­mento.

"Isso permitirá criar equipas de excelência, que vão contribuir, futurament­e, para o reforço dos quadros docentes dos institutos e academias militares que por sua vez vão participar do desafio de transforma­r as instituiçõ­es de ensino superior militar em centros de saber de excelência", sublinhou.

O vice-chefe da administra­ção estatal de Ciência, Tecnologia e Indústria da Defesa Nacional da China, Xu Zhanbin, disse que a assinatura do acordo sobre a criação de joint ventures para reequipar as FAA vai mudar os veículos blindados e camiões pesados, o que considerou como uma matéria muito importante. “Vamos nos empenhar ao máximo neste projecto para que fique marcado como exemplo das nossas futuras cooperaçõe­s”, disse.

O responsáve­l indicou que a ideia do Ministério da Defesa em iniciar a indústria militar, com base na montagem de máquinas como a postura mais correcta para se desenvolve­r a indústria militar.

A 6ª reunião do Comité conjunto de cooperação no domínio da Defesa realiza-se na China, em data a acordar.

A formação de quadros é uma peça importante para a sustentaçã­o de outros projectos e programas inseridos no plano global de cooperação

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Delegações traçaram estratégia­s para a edificação da indústria de Defesa de Angola

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