Alemanha quer entrar na exploração de ferro
Investidores alemães podem entrar na exploração e transformação de ferro. Esta foi uma das questões discutidas durante a visita do Presidente João Lourenço a Berlim, esta semana.
Ao fazer o balanço da visita, o ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, lembrou que Angola é detentora de grandes reservas de ferro e a Alemanha é uma das maiores potências em termos de siderurgia na Europa.
No domínio das Telecomunicações, disse, há também boas perspectivas. Foi transmitido aos empresários alemães o novo quadro criado com a Lei da Concorrência e o fim dos monopólios. “Isso vai abrir caminho para que os empresários alemães possam apresentar as suas propostas”, disse Manuel Augusto.
No sector dos Transportes, foram assinados acordos de entendimento para a construção de infra-estruturas, concretamente de estradas, linhas férreas, além da cooperação na aviação. No domínio da Energia, Angola precisa de completar o ciclo de aumento da capacidade energética, com a construção de novas barragens, uma das quais no rio Cunene, para servir o sul do país. O ministro das Relações Exteriores descreveu a visita do Presidente João Lourenço à Alemanha como “mais uma etapa no processo de dar a conhecer ao mundo a nova perspectiva de Angola em termos de governação.”
Manuel Augusto destacou o potencial económico da Alemanha e disse que “saímos daqui com a missão de implementar todos os acordos e entendimentos alcançados, quer pela delegação governamental, quer pelos empresários” que participaram no fórum económico. “Abriramse novas oportunidades para os empresários angolanos”, salientou. Com o seu homólogo alemão, Heiko Maas, o ministro das Relações Exteriores discutiu questões de âmbito regional como a situação na RDC, no Zimbabwe, Madagáscar e na República Centro Africana.
A nível multilateral, Manuel Augusto informou que começam em Outubro as negociações do Acordo pós-Cotonou, que conforma a cooperação entre a União Europeia e os ACP (África, Caraíbas e Pacífico), que expira em 2020.
Manuel Augusto acredita que a Alemanha, pela sua influência na União Europeia, pode jogar um papel importante para África.