Medidas correctivas na comunicação social
O ministro da Comunicação Social, João Melo, defendeu ontem, em Luanda, a aplicação de medidas correctivas no sector como uma forma, não só de aperfeiçoar a gestão das empresas do ramo, como também melhorar a situação social dos trabalhadores.
João Melo falava num encontro de quadros do grupo Rádio Nacional de Angola (RNA), em que foram abordadas questões ligadas à actual situação daquela empresa pública de comunicação social.
Segundo o ministro, citado pela Angop, a melhoria salarial dos trabalhadores que têm a RNA como seu único emprego é uma das principais preocupações do Ministério da Comunicação Social.
João Melo anunciou, a propósito, que o sector trabalha com outros departamentos ministeriais para que se resolvam, paulatinamente, os problemas administrativos, técnicos e sociais, bem como as necessidades de investimentos para as empresas do sector.
O ministro disse que encontrou na RNA um quadro orgânico desestruturado e um qualificador profissional desactualizado, o que permitia admissões “descontroladas e arbitrárias”, assim como várias injustiças salariais, prejudicando os trabalhadores mais dedicados e empenhados.
João Melo apontou a existência de dívidas com mais de uma década, inclusive à Segurança Social, e "fortes indícios de corrupção".
A actual administração da RNA, informou, já conseguiu alguns avanços em termos de gestão, como a regularização da situação com a Segurança Social, o que permitirá o início da resolução dos problemas sociais existentes na empresa.
O ministro lembrou que os jornalistas não podem, à luz do Estatuto do Jornalista, fazer publicidade ou trabalhar como assessores de imprensa. As empresas públicas do sector, disse, têm legitimidade para não permitir o duplo vínculo dos seus trabalhadores com empresas privadas do mesmo ramo.