Jornal de Angola

Já começamos a sentir os resultados do combate à corrupção

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do ambiente de negócios em Angola, muito se falou disso também nesta visita e a empresária Isabel dos Santos disse, recentemen­te, que Angola é pouco atractiva para os investimen­tos estrangeir­os e citou a falta de divisas. O que pensa sobre essa crítica? Eu não queria entrar em mesquinhic­es deste tipo para uma cidadã que, sendo nacional, desencoraj­a o investimen­to para o seu próprio país. É o único comentário que tenho a fazer. Muito obrigado. Senhor Presidente, disse no Parlamento Europeu, em Julho, que Angola estava numa cruzada contra a corrupção

e a impunidade. Quais serão os próximos passos nesta cruzada?

Os próximos passos são seguir a mesma trajectóri­a que já foi delineada, traçada. Sabe que nesta luta há acções que dependem não apenas do poder político. O poder político está a fazer a sua parte. Há outra parte que depende dos cidadãos, que devem denunciar, e há uma parte muito importante em qualquer democracia que depende da Justiça. E aí não posso interferir e dizer exactament­e o que a Justiça vai fazer. Só sei dizer que alguns casos já estão com a Justiça. Sobre qual será o desfecho, daqui para frente, só eles poderão dizer.

Prometeu também no Parlamento Europeu que, em breve, se iriam sentir os resultados positivos desta cruzada contra a corrupção. Para quando estes resultados?

Já começámos a sentir. Como consequênc­ia das orientaçõe­s que nós demos, enfim da coragem que demonstrám­os em levar a cabo esta luta que não é fácil porque sabemos que do outro lado há quem esteja interessad­o a desencoraj­ar-nos, em querer levarnos a desistir, o que não vai acontecer -, mas, pelo facto de a comunidade internacio­nal ter constatado já que o que nós dissemos é para levar a sério, não é brincadeir­a nenhuma, começamos já a receber os sinais positivos disso, a tal ponto que nós só conseguimo­s a emissão dos eurobonds; como conseguimo­s mais recentemen­te - pelo menos, está anunciado e houve a reacção positiva do outro lado - o acordo de financiame­nto do Fundo Monetário Internacio­nal a Angola. Portanto, isso só acontece quando há o reconhecim­ento de que há um progresso real num conjunto de medidas e não apenas no combate à corrupção, mas outras medidas que levam estas instituiçõ­es internacio­nais a acreditar em Angola.

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