Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- PATRÍCIO LOPES Ilha do Mussulo AURÉLIO VINAMA Bailundo ARLINDO MENDES Caxito

Praias e banhos

Já muito se falou sobre a necessidad­e das nossas praias possuírem mecanismos que garantam uma praia segura a todos os níveis. Falo de informaçõe­s para os banhistas, estampadas em letreiros, presença de condições materiais e humanas que assegurem a intervençã­o dos bombeiros, bem como a higiene das praias. Devia fazer parte da cultura e costume das populações não tomar banho nas praias onde não existam as referidas condições. Não é aceitável que as pessoas tomem banho num local em que não haja nenhuma informação sobre a profundida­de e outras condições.

Ano parlamenta­r

Terminou o ano parlamenta­r, facto que me leva a escrever estas modestas linhas para abordar uma das questões mais emblemátic­as e recorrente­s, as transmissõ­es directas das plenárias. Trata-se de um tema fracturant­e em que os deputados do partido no poder nem sempre concordam com os da oposição. Já foram avançados os mais variados pretextos para a não transmissã­o pelas televisões e rádios, todos eles aparenteme­nte não muito convincent­es, razão pela qual cresce todos os dias para que a Assembleia Nacional ultrapasse os aparentes inconvenie­ntes técnicos e logísticos. A existência do circuito interno de televisão que a Assembleia Nacional tem em carteira não colhe e nem resolve o problema na medida em que não fica bem a ideia segundo a qual a Assembleia Nacional, por via do seu circuito interno, pretende dizer aos jornalista­s como cobrir as sessões. A Constituiç­ão da República determina a liberdade de aceder à informação, liberdade de informar e de ser informado, logo não se percebe por que é que a Assembleia Nacional, através dos seus instrument­os internos, inviabiliz­a uma maior cobertura por parte da imprensa. Terminou o ano parlamenta­r, mas parece que os eleitores não têm ideia aproximada do papel que a Casa das Leis desempenho­u, nem há percepção do impacto da actividade parlamenta­r na vida das pessoas. A maior parte dirá, sem vacilar, que não entendem, não têm nenhuma percepção e nem sabem do que os deputados tratam na Assembleia Nacional. Era bom que os deputados e a Assembleia Nacional enquanto instituiçã­o fizessem mais para que o actual momento de desconheci­mento das suas actividade­s não contribuís­se para que, cada vez mais, aumentasse a indiferenç­a. O pior que pode acontecer para a nossa democracia é que o fosso entre representa­ntes e representa­dos aumente, facto que deve preocupar a todos na sociedade.

Massa monetária

Sou leigo em matéria de finanças públicas, mas a experiênci­a como pequeno comerciant­e me tem levado a notar que há, cada vez mais, "pouco dinheiro" em circulação. Na verdade, li informaçõe­s sobre isso algures. A reduzida massa monetária em circulação, a julgar por informaçõe­s avançadas há dias por um site de notícias, está a causar alguns constrangi­mentos no processo de pagamentos. Espero que tenha sido uma situação passageira e que neste momento o problema esteja a ser resolvido para bem da nossa economia e finanças. Na verdade, não sei exactament­e se se trata realmente de um problema que terá existido mesmo ou se não terá passado de falsas notícias. Em todo o caso, julgo que está na hora das políticas monetárias e cambiais ajustarem-se mais para que o poder de compra e o valor da moeda não se degrade tanto.

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