CARTAS DOS LEITORES
Praias e banhos
Já muito se falou sobre a necessidade das nossas praias possuírem mecanismos que garantam uma praia segura a todos os níveis. Falo de informações para os banhistas, estampadas em letreiros, presença de condições materiais e humanas que assegurem a intervenção dos bombeiros, bem como a higiene das praias. Devia fazer parte da cultura e costume das populações não tomar banho nas praias onde não existam as referidas condições. Não é aceitável que as pessoas tomem banho num local em que não haja nenhuma informação sobre a profundidade e outras condições.
Ano parlamentar
Terminou o ano parlamentar, facto que me leva a escrever estas modestas linhas para abordar uma das questões mais emblemáticas e recorrentes, as transmissões directas das plenárias. Trata-se de um tema fracturante em que os deputados do partido no poder nem sempre concordam com os da oposição. Já foram avançados os mais variados pretextos para a não transmissão pelas televisões e rádios, todos eles aparentemente não muito convincentes, razão pela qual cresce todos os dias para que a Assembleia Nacional ultrapasse os aparentes inconvenientes técnicos e logísticos. A existência do circuito interno de televisão que a Assembleia Nacional tem em carteira não colhe e nem resolve o problema na medida em que não fica bem a ideia segundo a qual a Assembleia Nacional, por via do seu circuito interno, pretende dizer aos jornalistas como cobrir as sessões. A Constituição da República determina a liberdade de aceder à informação, liberdade de informar e de ser informado, logo não se percebe por que é que a Assembleia Nacional, através dos seus instrumentos internos, inviabiliza uma maior cobertura por parte da imprensa. Terminou o ano parlamentar, mas parece que os eleitores não têm ideia aproximada do papel que a Casa das Leis desempenhou, nem há percepção do impacto da actividade parlamentar na vida das pessoas. A maior parte dirá, sem vacilar, que não entendem, não têm nenhuma percepção e nem sabem do que os deputados tratam na Assembleia Nacional. Era bom que os deputados e a Assembleia Nacional enquanto instituição fizessem mais para que o actual momento de desconhecimento das suas actividades não contribuísse para que, cada vez mais, aumentasse a indiferença. O pior que pode acontecer para a nossa democracia é que o fosso entre representantes e representados aumente, facto que deve preocupar a todos na sociedade.
Massa monetária
Sou leigo em matéria de finanças públicas, mas a experiência como pequeno comerciante me tem levado a notar que há, cada vez mais, "pouco dinheiro" em circulação. Na verdade, li informações sobre isso algures. A reduzida massa monetária em circulação, a julgar por informações avançadas há dias por um site de notícias, está a causar alguns constrangimentos no processo de pagamentos. Espero que tenha sido uma situação passageira e que neste momento o problema esteja a ser resolvido para bem da nossa economia e finanças. Na verdade, não sei exactamente se se trata realmente de um problema que terá existido mesmo ou se não terá passado de falsas notícias. Em todo o caso, julgo que está na hora das políticas monetárias e cambiais ajustarem-se mais para que o poder de compra e o valor da moeda não se degrade tanto.