Justiça agrava prisão contra Park Geun-hye
Um Tribunal de Apelação da Coreia do Sul aumentou ontem para 25 anos de prisão a condenação da ex-Presidente Park Geun-hye pelo seu envolvimento no caso “Rasputina”, que forçou a sua destituição em Janeiro do ano passado, informou a agência local de notícias “Yonhap”.
O Supremo Tribunal de Seul subiu mais um ano a condenação de Park, de 66 anos, e ordenou que ela pague uma multa de 20 mil milhões de wons (cerca de 18 milhões de dólares), dois mil milhões de wons a mais aos que foram impostos na sentença inicial.
A decisão da apelação acontece quatro meses depois de o Supremo Tribunal de Seul ter condenado Park a 24 anos de prisão e a pagar uma multa multimilionária, após ser considerada culpada de 16 das 18 acusações em relação ao caso da “Rasputina”, entre eles abuso de poder, suborno e coação.
O Ministério Público apelou da sentença, emitida no início de Abril, e manteve a petição de 30 anos de prisão (e uma multa de 91 milhões de euros) para a ex-governante, por criar com a sua amiga Choi Soon-sil, apelidada de “Rasputina”, uma rede de favores através da qual extorquiram grandes empresas como a Samsung, Hyundai e Lotte.
O escândalo fez com que Park deixasse o cargo, motivando a antecipação das eleições para Maio de 2017, que terminaram com a vitória de Moon Jae-in. Com isso, ela tornou-se no terceiro exChefe de Estado da Coreia do Sul a ir para a prisão, após os militares e políticos Chun Doo-hwan e Roh Tae-woo.
Park, que não esteve presente na sessão de ontem, não aparece diante dos juízes desde Outubro do ano passado, quando a prisão preventiva foi prolongada, e sempre descreveu o seu processo como parcial e motivado politicamente.