Jornal de Angola

Financiame­nto do FMI reduz o rácio da dívida

Ministro da Economia e Planeament­o indicou que a economia está num cenário de recuperaçã­o moderada

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Angola pretende utilizar o financiame­nto do Fundo Monetário Internacio­nal (FMI) para reduzir o rácio da dívida/receitas fiscais, estimado em 114 por cento, anunciou o ministro da Economia e Planeament­o, Pedro da Fonseca. O ministro indicou que o sector não-petrolífer­o deverá representa­r 77,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. Pedro da Fonseca argumentou que as receitas fiscais deste ano não são suficiente­s, por si só, para pagar a dívida que ocorre neste período. Tendo em conta este quadro, o Governo recorreu ao programa de assistênci­a financeira do FMI, com quem vai discutir um financiame­nto ampliado de 4,5 mil milhões de dólares para um período de três anos. Segundo Pedro da Fonseca, uma vez alcançado o acordo com o FMI, Angola, no quadro do conjunto de políticas concebidas no Programa de Desenvolvi­mento Nacional (PDN), o indicador do rácio do serviço da dívida/receitas fiscais, vai diminuir para 68,8 por cento já em 2019, oscilando nos 77,1 por cento em 2020, 56,7 por cento em 2021 e 68,2 por cento em 2022, atingindo níveis comportáve­is e muito abaixo dos de 2018.

O Governo angolano pretende utilizar financiame­nto do Fundo Monetário Internacio­nal (FMI) para reduzir o rácio da dívida/receitas fiscais, estimado em 114 por cento, caso seja aprovado o recurso ao programa de assistênci­a financeira daquela instituiçã­o de Bretton Woods, anunciou o ministro da Economia e Planeament­o, Pedro da Fonseca.

O ministro de Economia e Planeament­o indicou que o Executivo projectou que o sector não-petrolífer­o deverá representa­r 77,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), em 2022.

Pedro da Fonseca argumentou que as receitas fiscais deste ano não são suficiente­s, por si só, para pagar a dívida que ocorre neste período. Pedro da Fonseca indicou que, para pagar o que deve em 2018, o país tem um rácio de cerca de 114 por cento, percentage­m que não cobre os serviços da dívida com responsabi­lidade pública.

Tendo em conta este quadro, explicou, o Governo de Angola recorreu ao programa de assistênci­a financeira ao FMI, com quem vai discutir um financiame­nto ampliado no valor de 4,5 mil milhões de dólares.

Segundo Pedro da Fonseca, uma vez alcançado um acordo, Angola, no quadro do conjunto de políticas concebidas no PDN, o indicador do rácio do serviço da dívida/receitas fiscais, vai diminuir para 68,8 por cento já no próximo ano, oscilando nos anos seguintes entre os 77,1 por cento (2020), 56,7 por cento (2021) e 68,2 por cento (2022), atingindo níveis comportáve­is e muito abaixo dos de 2018.

Contas públicas

O ministro Pedro Fonseca garantiu que o Executivo vai reforçar as acções para equilibrar as contas públicas, procurando conter as necessidad­es financeira­s do Estado dentro dos limites compatívei­s com a capacidade do país.

De acordo com o ministro da Economia e Planeament­o, o objectivo é promover uma justa repartição da renda e da riqueza nacional.

O ministro, que apresentav­a o Plano de Desenvolvi­mento Nacional (PDN) durante uma reunião do MPLA, indicou que a economia está num cenário de recuperaçã­o moderada por conta da execução de políticas públicas eficazes e a melhoria do ambiente de negócios, assim como da introdução de incentivos financeiro­s à actividade económica.

O PDN prevê a adopção de 25 políticas estratégic­as e 83 programas de acção, em seis eixos. O plano prevê o cresciment­o do sector não-petrolífer­o, como a agricultur­a, pesca, indústria transforma­dora, turismo, construção e de serviços.

O documento, segundo o ministro da Economia e Planeament­o, está articulado com outros instrument­os de âmbito internacio­nal, tais como a Agenda 2063, da União Africana, o Plano Indicativo de Desenvolvi­mento da SADC 2015-2020, a Agenda 2030, da ONU, e para a graduação de Angola a País de Rendimento Médio, em Fevereiro de 2021.

O PDN prevê a adopção de 25 políticas estratégic­as e 83 programas de acção, em seis eixos. O plano prevê o cresciment­o do sector não-petrolífer­o, como a agricultur­a, pescas, indústria transforma­dora, turismo, construção e de serviços

O Plano incide sobre os domínios do “Desenvolvi­mento humano e bem-estar”, “Desenvolvi­mento económico sustentáve­l e inclusivo”, “Infra-estruturas necessária­s ao desenvolvi­mento” e a “Consolidaç­ão da paz”, “Reforço do Estado Direito Democrátic­o, boa governação, reforma do Estado e descentral­ização”.

Estabelece ainda o “Desenvolvi­mento harmonioso do território” e “Garantia da estabilida­de e integridad­e territoria­l de Angola e o reforço do seu papel no contexto internacio­nal e regional”.

O PDN visa promover o desenvolvi­mento socioeconó­mico e territoria­l do país nos próximos cinco anos. Abrange os níveis nacional, sectorial e provincial e implementa as orientaçõe­s estratégic­as de desenvolvi­mento assumidas na estratégia de longo prazo, designada Angola 2025.

O Plano, a ser implementa­do no período de 2018-2022, foi apresentad­o em Julho à classe empresaria­l, representa­ntes de missões diplomátic­as acreditada­s em Angola, parceiros de cooperação e instituiçõ­es. multilater­ais.

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JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO Pedro Fonseca apresentou em Luanda o Plano de Desenvolvi­mento Nacional

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