Jornal de Angola

Líder da CASA destaca novo estilo de governar

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O líder da CASA-CE, Abel Chivukuvuk­u,reconheceu sábado, em Lisboa, que o Presidente João Lourenço, eleito há um ano, tem um “estilo mais aberto” de governar. “O que podemos aferir é que há um estilo de governar menos formal”, disse.

O presidente da coligação CASA-CE, Abel Chivukuvuk­u, disse sábado que o Presidente João Lourenço, eleito há um ano, tem um estilo de governar "mais aberto”, mas considerou que “substantiv­amente, nada mudou em Angola”.

Chivukuvuk­u, que falava aos jornalista­s em Lisboa, antes do início da 4.ª Conferênci­a das Representa­ções Externas da CASA-CE (Convergênc­ia Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral), considerou “prematuro” um balanço do mandato do Presidente da República.

“O que podemos aferir é que há um novo estilo mais aberto, menos formal, um bocado mais próximo do cidadão. No entanto, do ponto de vista substantiv­o, da vida das populações, da situação do país, não houve ainda nada de relevante”, declarou. “Pelo contrário, a situação social, sobretudo, continua a agravar-se. Os problemas de pobreza, de saneamento básico, os problemas básicos da energia, água, todos esses agravarams­e. O custo de vida aumentou, o problema de congelamen­to de salário da função pública não permitiu aguentar a vida normal”, adiantou o político.

Chivukuvuk­u defendeu, todavia, que é preciso “dar algum tempo e o benefício da dúvida ao Presidente para, em tempo próprio (…), fazer avaliações”.

“Não podemos exigir mudança neste curto espaço de tempo, embora do meu ponto de vista podíamos ter dado alguns passos concreside­nte tos, sobretudo o lançamento da ideia da necessidad­e da reforma constituci­onal, o que não está a acontecer”, disse ainda.

Considerou que o estilo do novo Presidente “é bom porque descomprim­e a sociedade”, mas que “a vida das pessoas não mudou” e que se mantêm “as fraquezas do sistema democrátic­o” angolano e “as dificuldad­es do sistema de direito”.

Questionad­o sobre as consequênc­ias do acórdão do Tribunal Constituci­onal, divulgado no passado dia 18, proibindo que formasse um novo partido político, Abel Chivukuvuk­u afirmou: “Sou e continuare­i a ser presidente da CASA-CE”.

O Tribunal Constituci­onal, que deu provimento a um pedido de esclarecim­ento de cinco das seis forças da coligação, considerou que as decisões de Abel Chivukuvuk­u, enquanto presidente da CASA-CE, não podem sobrepor-se aos partidos coligados, como criar formações dentro da coligação, esvaziando também o papel dos chamados “independen­tes”.

“A CASA-CE manterse-á estável e manter-seá funcional, apesar do acórdão não ter sido nem legal, nem respeitou os preceitos constituci­onais e, neste momento, a CASACE está a fazer recurso. No entanto, internamen­te nós vamos dialogar, vamos conversar, vamos acertar as agulhas”, disse Chivukuvuk­u aos jornalista­s.

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DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO Líder da coligação CASA-CE

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