“Sol Amigo”aumenta crédito à comunidade
Ministro da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Jesus Maiato, pede aos beneficiários que respeitem as obrigações mensais para com o Banco Sol para que mais jovens tenham a mesma oportunidade
O programa de empreendedorismo na comunidade “SolAmigo” aumentou o tecto de crédito de cinco para 20 mil dólares, anunciou em Saurimo, LundaSul, o director do Instituto Nacional de Formação Profissional, Manuel Mbangui.
O programa de empreendedorismo na comunidade “Sol Amigo” aumentou o tecto máximo de créditos de cinco mil para 20 mil dólares norte-americanos, revelou na cidade de Saurimo, capital da província da Lunda-Sul, o directorgeral do Instituto Nacional de Formação Profissional.
Manuel Mbangui, que falava numa cerimónia de entrega de 100 micro-créditos, confirmou que a instituição mantém o crédito de mil dólares como montante mínimo e adiantou que, até agora, já beneficiaram, em todo o país, mais de dez mil jovens.
Criado em 2010, o programa resulta de uma parceria entre o Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS) e o Banco Sol.
Os empreendedores que aderem ao programa começam a pagar a dívida contraída três meses depois de começarem um negócio, sendo que a taxa de juro - 1,67 por cento ao mês - é das mais baixas do mercado nacional.
O ministro da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Jesus Maiato, assegurou que o Executivo vai continuar a apostar na formação profissional e no empreendedorismo.
Jesus Maiato deu ênfase ao auto-emprego quando defendeu que os créditos devem ser dados de forma regular. “Entendemos que o futuro da juventude passa por obter conhecimentos que lhe permita o exercício de uma profissão e a criação de auto-emprego”, afirmou. O ministro sustenta que a criação de emprego está condicionada à formação profissional.
O Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social tutela 144 centros profissionais que formam, anualmente, mais de 50 mil jovens.
“O programa de empreendedorismo na comunidade tem sido um sucesso”, declarou o ministro, e a maioria dos beneficiários respeita as obrigações mensais para com o Banco Sol. Periodicamente, o Ministério reúne-se com o Banco Sol para fazer um balanço do programa.
“Não tenham pressa de ganhar dinheiro, porque muitos negócios não dão certo por causa da falta de seriedade das pessoas”, alertou Jesus Maiato.
O ministro apelou ao “sentido de racionalidade e responsabilidade”, quando se referiu à devolução dos empréstimos, para que outros jovens tenham a mesma oportunidade. Juventina Catoto, de 23 anos, é uma dos beneficiários do micro-crédito “Sol Amigo”.
Grávida de sete meses, a jovem frequentou cursos de informática, pastelaria e culinária. Com esta formação, admite estar em condições para ser uma empreendedora bem sucedida.
A jovem revelou possuir “a veia de empreendedora”, por ter iniciado um negócio de venda de roupa e calçado.
Com o empréstimo que recebeu, pretende apostar na restauração, a fim de diversificar o negócio. Juventina Catoto sugeriu aos jovens sem formação na província da Lunda-Sul que procurem os centros de formação profissional, para serem úteis à sociedade. Pedidos de emprego Os centros de emprego do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social receberam, de 2013 a 2017, 203.231 pedidos de emprego, 66.438 dos quais apresentados por mulheres e 136.793 por homens.
No mesmo período, houve 91.246 ofertas de emprego e 87.071 colocações.
Actualmente, o Instituto Nacional de Formação Profissional dispõe, em todo o país, de 29 centros de formação profissional, 16 centros integrados de emprego e formação profissional, 35 centros móveis, 61 pavilhões de artes e ofícios, 23 centros de emprego, 12 unidades de intermediação de mão-de-obra, 18 centros municipais de empreendedorismo e emprego, 10 centros locais de empreendedorismo e serviços de emprego e cinco unidades móveis de emprego.
O Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social tutela 144 centros profissionais que formam anualmente mais de 50 mil jovens