Jornal de Angola

Actividade das milícias impede trabalho da OMS

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As milícias rebeldes que actuam na província do Kivu-Norte estão a impedir um mais eficaz combate ao surto de ébola que se faz sentir na região, referiu um responsáve­l da Organizaçã­o Mundial de Saúde (OMS) citado pela imprensa em Kinshasa.

Peter Salama, que regressou de novo à RDC para avaliar os progressos que estão a ser feitos no combate ao ébola, reforçou que é “extremamen­te séria” a questão da segurança que envolve os trabalhado­res da OMS que se encontram na cidade de Oicha, no Kivu do Norte.

Esses trabalhado­res e os do Ministério da Saúde que se deslocaram de Kinshasa estão praticamen­te cercados por membros das Forças Aliadas Democrátic­as, uma das principais milícias presentes naquela região e que se recusaram a assinar qualquer trégua para facilitar o trabalho humanitári­o no combate ao ébola. Esta milícia é a responsáve­l por uma série de mortes e raptos de populares, incluindo de trabalhado­res estrangeir­os que estão ao serviço das diferentes organizaçõ­es humanitári­as que operam no Kivu do Norte e que não têm tido o apoio efectivo das forças congolesas. Peter Salama, no encontro com os jornalista­s, referiu já ter confirmado essa situação de inseguranç­a numa recente deslocação ao Kivu do Norte e disse estar a trabalhar com as autoridade­s para encontrar uma solução que salvaguard­e a integridad­e física dos trabalhado­res da OMS, nacionais e estrangeir­os.

A semana passada, o Governo reconheceu que um “largo número de civis” morreu no fogo cruzado entre milícias e forças de segurança, entre os quais estavam trabalhado­res humanitári­os, padres e membros da administra­ção local.

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