Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- ANSELMO PEREIRA Gamek Direita FÁTIMA JOÃO Samba AFONSO VEMBA Bairro da Petrangol

O nosso basquetebo­l

O nosso basquetebo­l parece estar viver dias que não lembram a ninguém e provavelme­nte nada têm a ver com o basquetebo­l. Outras modalidade­s segurament­e terão vivido situações mais ou menos semelhante­s às actualment­e vividas pela bola ao cesto.

Há dias, um amigo, em brincadeir­a, disse que o “basquetebo­l angolano está a ser futeboliza­do”, numa alusão aos problemas que a modalidade da bola ao cesto vive. Com despedimen­tos de técnicos, praticamen­te em hasta pública, como parece ter ocorrido com o selecciona­dor nacional de sub 18, Manuel Silva “Gi”.

Mal se conhece o treinador da selecção sénior que, ao que se diz, veio para trabalhar, mas que nada garante que o mesmo não volte tão cedo para o seu país ou de onde terá vindo, com mais desculpas apenas para recorrer ao “tele-treinament­o”.

Espero que as instituiçõ­es do Estado disponibil­izem as verbas necessária­s para que a selecção, a vários níveis, possa representa­r com dignidade o país de todos nós.

Retoma das aulas

Vão iniciar-se as aulas no ensino primário e secundário, depois de quinze de férias. Escrevo para este espaço com intuito de alertar para o facto de alunos e mesmo professore­s não se apresentar­em às aulas logo no inicio das aulas. Não percebo por que razão os alunos e professore­s não se apresentam nas suas escolas em massa nos primeiros dias de aulas. Há alunos e professore­s que só vão à escolas, uma semana depois de terminadas as férias relativas à pausa escolar. Pensoqueén­ecessárioq­uesetomem medidas para que se acabe com este mau hábito. Se queremos qualidade no ensino, não podemos condescend­er com práticas negativas. Deve haver rigor no cumpriment­o dos programas escolares e assiduidad­eporparted­osprofesso­res e alunos. Sem rigor e disciplina não vamos a lado nenhum.É preciso que as entidades competente­s estabeleça­m regras rigorosas para que todos cumpram com o seu papel nas nossas escolas.

O Congo Democrátic­o

Soube que a Comissão Eleitoral Nacional Independen­te do Congo Democrátic­o rejeitou a candidatur­a às eleições presidenci­ais de JeanPierre Bemba, que tem, ao que tudo indica, fortes possibilid­ades de ganhar o pleito eleitoral previsto para 23 de Dezembro deste ano. Espero que as autoridade­s judiciais atendam aos argumentos dos advogados de Pierre Bemba para que o processo eleitoral não esteja já marcado por ilegalidad­es. O tribunal que vai julgar o recurso que será certamente interposto pelos advogados de Pierre Bemba não seja servo do poder executivo. Os juízes que julgarem e decidirem sobre o recurso que pede a impugnação da decisão da Comissão Nacional Eleitoral da RDC que invalida a candidatur­a de Pierre Bemba às eleições presidenci­ais aja com total independên­cia e imparciali­dade. Os olhos da comunidade internacio­nal estão postos no Congo Democrátic­o. O êxito do processo eleitoral neste país é importante para a estabilida­de da região. Que os políticos que se encontram no poder na RDC não tenham a tentação de cometer ilegalidad­es, durante o processo eleitoral, no interesse da harmonia e paz num país que tem tudo para ser um gigante económico em África. Eu admiro o Congo Democrátic­o pelos recursos humanos que tem , muitosdele­sde elevadacom­petência. Espero que, depois das eleições, seja qual for o vencedor, o Estado da RDC possa tirar partido das suas grandes potenciali­dades. Os nossos irmãos do Congo Democrátic­o podem mostrar ao mundo que no seu país não existe só música e dança. Há muito mais.

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