Bens públicos são vandalizados
População aconselhada a denunciar todos aqueles que roubam equipamentos públicos postos à disposição das comunidades
Os casos de vandalização dos equipamentos sociais que o Estado coloca à disposição da população, como escolas, postos de saúde e sistemas de iluminação pública, o que cria prejuízos e retrocesso nas metas de desenvolvimento das comunidades, tendem a aumentar, o que preocupa a Administração Municipal do Chitato, na Lunda-Norte.
O administrador do Chitato, Alberto Muquendi, que falava na segunda reunião do conselho municipal de concertação social, disse que o aumento dos casos de vandalização de infra-estruturas sociais tem obrigado a administração a fazer um reinvestimento para repor os meios roubados.
Alberto Muquendi apelou, por isso, às autoridades tradicionais, forças de defesa e segurança e à sociedade civil a redobrarem esforços para prevenir actos de vandalismo, denunciando os infractores e consciencializar a população para se abster de cometer acções que prejudicam as comunidades.
Destacou os esforços do governo na construção de infra-estruturas sociais que visam melhorar a qualidade de vida da população e condenou os “actos praticados por meia dúzia de pessoas que vandalizam escolas e postos de saúde, reduzindo a capacidade de intervenção da administração municipal quanto à reposição desses serviços, que muita falta fazem à população”.
Em relação aos postos de iluminação pública, o administrador municipal do Chitato fez saber que os marginais retiram as placas solares e como consequência as ruas da cidade do Dundo estão a ter pouca iluminação nocturna, o que propicia o aumento da delinquência e assaltos a mão armada.
O comunicado da segunda reunião do conselho de concertação social da Administração Municipal do Chitato ressalta a inclusão no orçamento de 2019 do melhoramento das vias de acesso às escolas que se encontram na periferia da cidade do Dundo, com realce para as dos bairros Satxindongo e Caxinde.
O documento recomenda ainda que a execução financeira do próximo ano seja mais abrangente, dando suporte à construção de empreendimentos sociais, como escolas, postos de saúde, aumento da rede de distribuição de água e energia eléctrica, extensão das actividades agrícolas e alargamento da rede de moagens a nível das comunidades que comportam a circunscrição administrativa, assim como a conclusão das obras que ficaram paralisadas por falta de financiamento.
Os membros do conselho de concertação social reconheceram a degradação do sistema de saneamento básico do município sede da província da Lunda-Norte e defenderam que se dê também primazia à aquisição e colocação de contentores de lixo nas zonas urbanas, principalmente a nível da cidade do Dundo e arredores, para garantir um ambiente saudável nas comunidades.
O município do Chitato regista, nos últimos anos, um crescimento desordenado da sua estrutura territorial e os membros do conselho de concertação social defenderam a elaboração de um plano de urbanização de novos bairros, que inclui instalações dos serviços essenciais para evitar o surgimento e progressão de ravinas.
O administrador municipal do Chitato, Alberto Muquendi, explicou que a proposta do orçamento do município para 2019 conta com contribuições das comunidades e reflecte na prática as preocupações dos munícipes. “O trabalho começou em primeira instância com consultas aos munícipes em todos os bairros, onde se deslocaram vários membros da Administração Municipal para conhecer as inquietações que cada munícipe quer ver resolvidas na sua comunidade”, realçou Alberto Muquendi, que disse estar a cumprir a nova metodologia que orienta a elaboração dos orçamentos anuais a nível dos municípios.
Rede sanitária
O governador provincial da Lunda-Norte, Ernesto Muangala, orientou a Administração Municipal do Chitato para prestar maior atenção ao funcionamento da rede sanitária da periferia, na sequência de visitas efectuadas às obras do centro médico do bairro Candjamba e às unidades sanitárias dos bairros Caxinde e Estufa, arredores da cidade do Dundo.
A falta de técnicos e medicamentos essenciais são as principais preocupações manifestadas pelos responsáveis dessas unidades sanitárias, enquanto a população pede atendimento humanizado e a correcção das más práticas que ainda persistem em algumas instituições públicas.
Ernesto Muangala destacou a importância de se garantir o pleno funcionamento da rede sanitária da periferia, como alternativa às grandes enchentes nos hospitais de referência.
Segundo o governador da Lunda-Norte, a Administração Municipal do Chitato deve encontrar mecanismos para apetrechar os postos de saúde com mais técnicos e meios necessários para que as unidades sanitárias possam funcionar em pleno, para servir a população.