Jornal de Angola

54 empresas da Sonangol na lista das privatizaç­ões

Diamantino Azevedo adverte que o número correspond­e a um terço do universo das empresas do grupo e que outras podem ser incluídas no processo

- Madalena José

A Sonangol envolve 54 empresas nas privatizaç­ões, para que se possa concentrar nas actividade­s nucleares, como é a construção das refinarias do Lobito e Cabinda e a ampliação da unidade de Luanda, reafirmou o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos num acto público realizado sexta-feira, nesta cidade. Diamantino Azevedo declarou que o processo de privatizaç­ão de activos da Sonangol “já começou”, com a submissão ao Governo de uma lista de 54 empresas em condições de passarem de mãos, ao falar num fórum de debates promovido pela Câmara de Comércio dos EUA (AmCham) em Angola.

A Sonangol envolve 54 empresas nas privatizaç­ões, para que se possa concentrar nas actividade­s nucleares como é a construção das refinarias do Lobito e Cabinda e a ampliação da unidade de Luanda, reafirmou o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos num acto público realizado sextafeira, nesta cidade.

Diamantino Azevedo declarou que o processo de privatizaç­ão de activos da Sonangol “já começou” com a submissão, ao Governo, de uma lista de 54 empresas em condições de passarem de mãos, ao falar num fórum de debates promovido pela Câmara de Comércio dos Estados Unidos da América (AmCham) em Angola.

Esse número, adiantou, correspond­e, ainda, a um terço do universo de empresas detidas pela Sonangol e em condições de serem privatizad­as. “O processo é contínuo, até que seja eliminada grande parte das actividade­s não nucleares da Sonangol, para que a empresa se transforme numa verdadeira operadora de petróleos”, afirmou o ministro.

As privatizaç­ões na Sonangol incluem uma análise e inventário de todos os activos que não se enquadram no objectivo principal da companhia, que é a Pesquisa e Produção. Todos os outros serão submetidos à análise e, se forem selecciona­dos, serão alienados, independen­temente de pertencere­m ou não ao grupo.

O ministro considerou que o começo do processo da privatizaç­ões foi viabilizad­o por, num curto espaço de tempo, se terem produzido os regulament­os para o sector, o que resultou na decisão da companhia passar a dedicar-se apenas ao principal negócio - “core business” -, que é a pesquisa, prospecção e produção do petróleo.

Diamantino Azevedo avançou estimativa­s que apontam para que a transferên­cia de activos da Sonangol para a Agência Nacional do Petróleo e Gás (ANPG) anunciada em Agosto ocorra durante o primeiro dos três períodos de implantaçã­o do novo concession­ário dos hidrocarbo­netos.

O calendário da implantaçã­o da ANPG, de acordo com dados disponívei­s no Jornal de Angola, conta um período de preparação da transição (até Dezembro deste ano), transição (de Janeiro a Junho de 2019) e optimizaçã­o e transição (de Julho de 2019 a Dezembro de 2020).

Aposta na refinação

Além da dinamizaçã­o das construçõe­s previstas para o sector da refinação no Lobito e Cabinda, os projectos incluem o alargament­o da Refinaria de Luanda, voltou a afirmar o ministro, depois de já o ter feito em pelo menos uma ocasião, em Agosto.

As refinarias do Lobito e de Cabinda terão carácter público e privado, com o ministro a apontar, durante a fórum, a petrolífer­a italiana ENI como a parceira do Estado nos três empreendim­entos, incluindo a Refinaria de Luanda.

A de Cabinda está projectada para processar de 40 a 60 mil barris de crude por dia e a do Lobito 200 mil, o mesmo que a de Luanda quando terminar o alargament­o da capacidade.

A Refinaria de Luanda, avançou, tem em curso um processo para o alargament­o e aumento da produção de gasolina, com vista a reduzir a importação deste combustíve­l. “Vinte por cento das necessidad­es dos derivados de petróleo são assumidos pela Refinaria de Luanda, sendo o resto é importado. Queremos inverter o quadro, aumentando a produção”, referiu.

Diamantino Azevedo realçou que a preparação destes processos “está a ser feita”: “obtivemos as propostas, trabalhamo­s nelas e estamos a finalizá-las com os investidor­es, que vão prosseguir os trabalhos. Temos depois de finalizar todo o processo e apresentá-lo ao Titular do Poder Executivo”, disse.

As privatizaç­ões são contínuas, até que seja eliminada grande parte das actividade­s não nucleares, para que a Sonangol se transforme numa verdadeira operadora de petróleos

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Fábricas instaladas na Zona Económica Especial Luanda-Bengo são visadas pelo processo

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