Jornal de Angola

Bengo reúne as condições para a reforma judiciária

- Pedro Bica | Pango Aluquém

O juiz presidente do Tribunal Supremo, Rui Ferreira, garantiu sexta-feira no município do Pango Aluquém que a província do Bengo já está em condições de avançar para a reforma judiciária.

O magistrado judicial falava à imprensa no final de uma visita aos municípios dos Dembos, Bula Atumba e Pango Aluquém, cujo objectivo foi o de constatar e avaliar as possibilid­ades da criação de um tribunal de comarca que atenda à circunscri­ção.

“Saímos daqui sensibiliz­ados, esclarecid­os e desta visita feita a estes três municípios constatamo­s que têm razão as autoridade­s locais e a presidente do tribunal que nos propõem nesta região um tribunal de comarca”, declarou.

Rui Ferreira indicou que até ao momento o actual tribunal provincial do Bengo ainda correspond­e às exigências e trabalha na normalidad­e, sendo que a avaliação é bastante positiva, pois regista pouca pendência processual.

O também presidente do Conselho Superior da Magistratu­ra Judicial lembrou que o Bengo deve acolher dois tribunais de comarca, sendo o primeiro no município do Dande e o outro na região do Ambriz. Sublinhou, entretanto, que existe um estudo que aventa a hipótese de que o segundo tribunal de comarca seja instalado na região que compreende os municípios dos Dembos, Bula Atumba e Pango Aluquém.

Situação delituosa

Em relação à situação delituosa e processual no Bengo, Rui Ferreira disse ter recebido informaçõe­s de que a mesma é calma. O tribunal local, disse, funciona de modo satisfatór­io. O magistrado revelou que tão logo se expandam os tribunais de comarca na região, deve-se aumentar o número de juízes, procurador­es e mais oficiais de justiça. Reafirmou, no entanto, que, por enquanto, a província está bem servida.

Por sua vez, a governador­a provincial do Bengo realçou as vantagens da existência de um tribunal de comarca. Mara Quiosa disse ser, por isso, importante a municipali­zação dos serviços para que os mesmos estejam cada vez mais próximos dos cidadãos.

Com a criação de um tribunal entre os Dembos, Bula Atumba e Pango Aluquém, frisou, ganha a província, principalm­ente os munícipes que já não terão de percorrer longas distâncias até Caxito, em busca de apoio ou dos benefícios da acção judiciária. “Visitamos algumas infra-estruturas nestes municípios que eventualme­nte podem albergar este tribunal de comarca, e manifestam­os o nosso total apoio à criação do mesmo”, disse.

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