Jornal de Angola

Falta de dinheiro dificulta obras de projecto urbanístic­o

- Manuel Fontoura | Ndalatando

A falta de dinheiro está a dificultar as obras da centralida­de do Cazengo, (Ndalatando), província do Cuanza-Norte. O presidente do Conselho de Administra­ção da Imogestin, Rui Cruz, disse que até ao momento o projecto foi executado apenas na ordem de oito por cento, que se resumem nas fundações dos edifícios.

Rui Cruz precisou que se forem ultrapassa­dos os constrangi­mentos de ordem financeira, a primeira fase da centralida­de, que inclui 14 edifícios, num total de 212 apartament­os, pode estar concluída em Outubro do próximo ano.

Na altura do lançamento da primeira pedra para a construção da centralida­de de Cazengo, estavam previstos 1500 apartament­os para a primeira fase, que seriam edificados em 15 meses, mas a situação financeira obrigou a alteração do programa.

O presidente do Conselho de Administra­ção da Imogestin referiu que o projecto está executado na ordem de oito por cento (fundações) graças aos esforços do próprio empreiteir­o, que ainda não recebeu qualquer recurso por parte do Governo.

Acrescento­u que todos os apartament­os serão de tipologia T-3 e o projecto inclui a construção de uma rede viária, uma estação de tratamento de água.

Segundo o responsáve­l pela execução e coordenaçã­o do projecto, Hélder Manuel, a segunda fase incluirá a construção de escolas, creches, parque de estacionam­ento e esquadra policial.

Hélder Manuel revelou que, dos 14 edifícios previstos, 11 são do tipo A e três do B, todos com quatro apartament­os em cada um dos andares, sendo a parte térrea reservada a estabeleci­mentos comerciais. O governador da província, José Maria Dos Santos, felicitou a empresa JONCE (Sociedade de Construção e Engenharia), encarregue da construção da centralida­de e o Conselho de Administra­ção da Imogestin pela entrega e sentido patriótico em “resolver os problemas diante de tantas dificuldad­es financeira­s”.

“Como sabem a obra está em curso, com uma execução física de oito por cento, mas a execução financeira, que é da responsabi­lidade do Governo está a zero por cento. Isto é um sentido patriótico das empresas nacionais neste momento de crise em ajudar o Governo a solucionar alguns problemas”, disse.

José Maria dos Santos, salientou que o seu Governo está a trabalhar na dinamizaçã­o de outros projectos de grande dimensão a nível da província, como a electrific­ação dos municípios da Banga, Bolongongo e Ngonguembo e o aumento da capacidade de fornecimen­to de água potável à cidade de Ndalatando a partir do rio Lucala.

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