Governo reitera preocupação com acções do Boko Haram
Face ao recente agravamento das condições de segurança na Nigéria, o Governo manifestou este fim-de-semana, durante uma reunião de emergência realizada em Abuja, a sua preocupação sobre a situação no nordeste do país, região onde ainda na sexta-feira um ataque terrorista matou 48 militares.
Um relatório analisado no encontro, que serviu de base para a discussão, admite que essa região é a mais afectada pelos ataques dessa organização islâmica.
O ministro da Defesa, Mansur Dan-Ali, que presidiu à reunião, assegurou que “existe uma melhoria em termos de segurança no país”, particularmente nos Estados de Zamfara e Becnue, no delta do Níger, mas reconhece que muito ainda terá que ser feito para controlar totalmente a situação.
O pai de uma jovem que fazia parte do grupo de 100 estudantes, que em Fevereiro foram raptadas pelo Boko Haram de uma escola de Dapchi confirmou ter escutado a sua voz por meio de uma gravação que o grupo enviou às autoridades para provar que ela ainda estava viva.
O pai, que confirmou na reunião ser de facto a voz da sua filha que se podia ouvir nessa gravação de 35 segundos, tem acusado o Governo de pouco fazer para libertar a jovem que ainda continua refém dos terroristas por supostamente não ter aceitado converter-se ao Islão. Esse grupo de 110 jovens estudantes, todas raparigas, foi raptado e, um mês depois, 99 delas libertadas na sequência de negociações que o Boko Haram encetou com o Governo de Muhammadu Buahri.
Apenas uma delas, uma cristã que não aceitou converter-se ao Islão continua na posse dos terroristas, tendo o Governo voltado a garantir que continua a desenvolver esforços para conseguir a libertação.