Jornal de Angola

Violação de jovem estudante gera onda de revolta social

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A entrevista concedida na semana passada à televisão marroquina por uma jovem estudante de 17 anos está a provocar uma onda de revolta e de indignação social pela exposição de um problema que se agrava perante a passividad­e das autoridade­s.

Na entrevista, a jovem identifica­da pelo nome de “Khadija”, contou que foi raptada por um grupo de homens e mantida refém durante dois meses, período de tempo durante o qual foi torturada e repetidame­nte violada. Segundo disse, nesses dois meses, além das violações, foi queimada com cigarros e tatuada em diversas partes do corpo.

A família da jovem queixase de que a Polícia não fez tudo o que estava ao seu alcance para encontrar a jovem, que só escapou do seu cativeiro depois de ter conseguido conquistar a confiança de um dos seus captores. Mesmo depois de libertada, a jovem apresentou queixa junto das autoridade­s e só quase um mês depois é que a Polícia anunciou a detenção de 12 pessoas relacionad­as com este processo.

Mas, o caso de “Khadija” é apenas um dos muitos que têm sido habitualme­nte relatados pela imprensa marroquina e para os quais as autoridade­s policiais tardam em encontrar uma resposta adequada.

Segundo organizaçõ­es que lutam pela defesa dos direitos humanos, cerca de 20 por cento das mulheres marroquina­s foram vítimas de violação pelo menos uma vez.

Em 2014, o Parlamento marroquino aprovou uma emenda a um artigo do código penal que obriga os autores de violação de raparigas menores de idade a casarem com as suas vítimas.

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DR Caso “Khadija” deixa comovido vários sectores da sociedade

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