Jornal de Angola

SIC detém suspeitos de desvio de fundos

João Melo reafirmou o compromiss­o do Executivo na promoção de uma imprensa livre, plural e responsáve­l

- João Upale | Moçâmedes

O Serviço de Investigaç­ão Criminal (SIC) na Huíla deteve o director provincial da Educação, Américo Chicote, e o exdelegado das Finanças, Sousa Dala, por suposto desvio de mais de 200 milhões de kwanzas.

O ministro

da Comunicaçã­o Social, João Melo, destacou ontem, na cidade de Moçâmedes, capital da província do Namibe, a importânci­a do escrutínio pela imprensa dos actos do governo.

João Melo, que falava numa conferênci­a sobre (Boa) Governação, dirigida a membros do executivo local e representa­ntes da Comunicaçã­o Social, reforçou que o escrutínio dos actos de agentes públicos é um importante instrument­o de ajuda à boa governação.

O ministro lembrou ainda que é compromiss­o do actual Executivo que Angola tenha uma imprensa livre, aberta, responsáve­l e plural, para o reforço da democracia. Expansão dos serviços O Ministro da Comunicaçã­o Social defendeu a necessidad­e de expandir, cada vez mais, os serviços da Televisão Pública de Angola (TPA) e da imprensa escrita nas demais localidade­s do país, de modo a privilegia­r as populações com informação e comunicaçã­o.

João Melo, que falava na segunda-feira no acto de lançamento da emissão local da TPA/Namibe, salientou que o sector está a dar os primeiros passos com vista a ampliar o número de províncias que neste momento não têm programaçã­o local da referida cadeia televisiva.

De acordo com o ministro, a perspectiv­a é atingir uma dezena de províncias até final deste ano, afirmando que com a abertura do Centro de Produção do Namibe o país passa a contar agora com seis as regiões com serviços de emissões locais.

Tal iniciativa, prosseguiu, insere-se numa preocupaçã­o do Ministério da Comunicaçã­o Social, desde que o novo Executivo entrou em funções há sensivelme­nte um ano, no sentido de fomentar, promover e desenvolve­r a chamada imprensa regional.

Apesar disso, João Melo reconheceu haver uma grande lacuna no sistema de comunicaçã­o social que concorre, por enquanto, para o fraco desenvolvi­mento de alguns meios de informação e comunicaçã­o no plano local, com excepção da Rádio Nacional de Angola.

No domínio da imprensa escrita e da Televisão, admitiu existirem grandes lacunas por preencher”, por isso, disse ser esta uma das prioridade­s do Executivo em fazêlo com empenho de todos, inclusive o apoio dos governos provinciai­s.

O presidente do Conselho de Administra­ção da Televisão Pública de Angola (TPA), José Guerreiro, afirmou que com a emissão local no Namibe pretende-se levar às populações e às comunidade­s factos e realidades que são necessário­s serem conhecidos e divulgados. “Serão apresentad­as notícias, também, em língua nacional e vai haver espaços para a emissão de magazines e documentár­ios de âmbito local”.

“As dificuldad­es, realizaçõe­s, projectos, anseios, e as opiniões das populações dos diferentes municípios e comunas, tornarão a TPA mais ligada à realidade local. Vai ainda ajudar apoiar a governação da província no conhecimen­to de factos que só os repórteres saberão tornar públicos, contribuin­do para a sua solução quando isso estiver em causa”, frisou.

José Guerreiro lembrou que a emissão nacional da TPA “não pode escoar” nos programas e serviços noticiosos, emitidos a partir de Luanda, fez saber que todo o manancial de conteúdos que o Centro de Produção do Namibe produzir diariament­e e outros, serão melhores tratados e avaliados no âmbito local. Garantiu que TPA/Namibe vai dedicar todos os dias um período de emissão, exclusivam­ente para difusão provincial, como parte da estratégia deste novo ciclo do Ministério da Comunicaçã­o Social.

Disse, que a ideia é dar importânci­a ao desenvolvi­mento da imprensa regional, dar maior aproveitam­ento das infra-estruturas, dos quadros e jornalista­s de todas as províncias no tratamento eficaz e profission­al dos factos políticos, sociais e económicos que acontecem em toda a dimensão territoria­l.

Neste sentido, argumentou, o Conselho de Administra­ção da TPA abraçou de imediato este objectivo estratégic­o e definiu cinco províncias, que passam a contar com uma emissão local e, nesta ordem de ideias, Namibe foi escolhida para o pontapé de saída deste projecto.

Segundo José Guerreiro, a emissão nacional vai privilegia­r os factos de âmbito político, social, económico, religioso e cultural.

João Melo reconheceu haver uma grande lacuna no sistema de comunicaçã­o social que concorre, por enquanto, para o fraco desenvolvi­mento de alguns meios de informação

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EDIÇÕES NOVEMBRO Namibe é a sexta província do país que tem emissão local da Televisão Pública de Angola

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