Jornal de Angola

Analisada melhoria da saúde materna

O Ministério da Saúde tem de forma permanente apelado à humanizaçã­o dos cuidados de saúde por parte dos profission­ais

- Manuela Gomes

A melhoria dos indicadore­s de saúde materna e infantil passa pelo progresso das condições indispensá­veis nos hospitais e do kit de medicament­os essenciais nas unidades sanitárias, afirmou ontem, em Luanda, o secretário de Estado da Saúde, José da Cunha, na abertura das jornadas técnicas do Programa de Apoio ao Sector de Saúde (PASS).

A melhoria dos indicadore­s de saúde materna e infantil em Angola passa pelo progresso das condições indispensá­veis nos hospitais e do kit de medicament­os essenciais distribuíd­os nas referidas unidades sanitárias, afirmou ontem, em Luanda, o secretário de Estado da Saúde.

Ao intervir na abertura das jornadas técnicas do Programa de Apoio ao Sector de Saúde (PASS), José da Cunha admitiu que a melhoria destes indicadore­s pode contribuir para que, num período de cinco anos, Angola obtenha índices no que toca à saúde materna infantil nas várias unidades sanitárias.

Para o alcance desse desiderato, o responsáve­l disse que o Ministério da Saúde tem, de forma permanente, apelado à humanizaçã­o dos cuidados de saúde por parte dos profission­ais. “Todo esse conjunto de elementos, devidament­e associados, vai fazer com que daqui a uns anos, talvez em 2022, tenhamos melhores indicadore­s de saúde.”

As jornadas técnicas do PASS oferecem a oportunida­de para se apreciar o trabalho dos técnicos do Ministério da Saúde de todos os níveis, desenvolvi­dos ao longo dos quatro anos.

A representa­nte da União Europeia em Angola, Carmen Lloveres, considerou importante que se consolide todos os ganhos e se reforce a capacidade do Ministério da Saúde, para trabalhar com as ferramenta­s e metodologi­as criadas e poder replicar em outras províncias não abrangidas pelo Programa de Apoio ao Sector de Saúde.

Carmen Lloveres reiterou o apoio da União Europeia ao Governo de Angola, particular­mente no sector da Saúde, frisando que, após 30 anos de apoio neste ramo, o organismo vai estender a implementa­ção do PASS por mais seis meses.

“A ideia é apoiar os técnicos do Ministério da Saúde a atingir uma total apropriaçã­o dos sistemas, ferramenta­s e metodologi­as implantada­s, para que possam replicá-los, actualizar, modificar e instruir outros profission­ais do sector”, precisou.

A responsáve­l garantiu que a União Europeia vai continuar a apoiar o Governo angolano em sectores chaves do desenvolvi­mento humano e sustentáve­l do país nos próximos anos.

A parceria entre o Governo angolano e a Comissão Europeia data desde 1986, tendo, desde esta altura, a organizaçã­o atribui directamen­te mais de 600 milhões de euros a várias áreas. Entre estas, constam a da reconstruç­ão, desminagem, saúde, educação, água e saneamento, agricultur­a, segurança alimentar, protecção social de grupos vulnerávei­s, boa governação e os direitos humanos. O Programa de Apoio ao Sector de Saúde (PASS) visa contribuir, nesta etapa final de implementa­ção, para a reforma do sector, iniciado pelo Ministério da Saúde, a qual Carmen Llovers considera fundamenta­l para se conseguir um sistema de saúde mais moderno, eficaz e humanizado.

A União Europeia garantiu continuar apoiar o Governo de Angola, particular­mente no sector da Saúde e a organizaçã­o vai ainda estender a implementa­ção do PASS por mais seis meses

A representa­nte da União Europeia em Angola considerou importante que se consolidem os ganhos e se reforce a capacidade do Ministério da Saúde, para trabalhar com as ferramenta­s e metodologi­as criadas e poder replicar em outras províncias

O PASS, iniciado em 2014, é financiado pelo 10º Fundo Económico de Desenvolvi­mento da União Europeia, em benefício do Ministério da Saúde, com um valor de 30 milhões de euros.

O programa visa melhorar o acesso das populações aos serviços de saúde de qualidade, com particular atenção para os cuidados sanitários materno-infantis em cinco províncias, nomeadamen­te Luanda, Benguela, Huíla, Huambo e Bié.

Há mais de cinco anos de implementa­ção, o PASS II tem obtido bons resultados em relação à formação dos recursos humanos para a saúde, estruturaç­ão e gestão do sistema de saúde, planificaç­ão estratégic­a e do esforço das capacidade­s de prestação de serviços.

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MARIA AUGUSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO Secretário de Estado da Saúde ontem durante a Jornada de Apoio ao Sector da Saúde

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