Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- ALFREDO ANTÓNIO Viana HELENA JOÃO Talatona GUILHERME ALBERTO Samba

O 1 º de Agosto e o TP Mazembe

Soube que o 1º de Agosto vai defrontar o TP Mazembe, da República Democrátic­a do Congo, na partida referente aos quartos de final da Liga dos Clubes Campeões Africanos de Futebol. Depois do sorteio que definiu o adversário do 1º de Agosto, foram feitos muitos comentário­s. Há angolanos que não acreditam que o 1º de Agosto passe para as meias finais , mas há quem acredite que pode haver um milagre. Na verdade , o TP Mazembe do Congo Democrátic­o é um adversário fortíssimo. Não sou adepto do 1º de Agosto, mas, nesta a hora em que o clube angolano está numa competição africana , tenho o dever de apoiar os meus compatriot­as do clube militar. Gostava que o 1º de Agosto tivesse um outro adversário, mas nesta fase da competição tínhamos de estar preparados para tudo.

Que os jogadores do 1º de Agosto não tenham medo do poderoso adversário. Lembro-me de o Petro de Luanda ter eliminado adversário­s que , à partida , eram favoritos em competiçõe­s africanas de clubes. É preciso ter fé. Ivo Traça, treinador - adjunto do 1º de Agosto e que foi um grande defesa central , deve ter remédios para travar os atacantes do TP Mazembe. Ivo Traça defrontou, enquanto jogador, avançados de elevado nível, e os neutralizo­u, dando muitas alegrias aos angolanos. Sei que ele saberá transmitir aos que estão no sector defensivo do 1º de Agosto o que soube fazer com muita eficiência quando foi defesa no clube militar e na selecção nacional. Vai ser difícil vencer o TP Mazembe , mas não é impossível. Gosto do facto de Ivo Traça ser uma pessoa optimista . Há clubes grandes que são derrotados por equipas teoricamen­te fracas. Temos de estar todos do lado do 1º de Agosto e galvanizar os seus jogadores à vitória nos jogos que disputarem com o TP Mazembe do Congo Democrátic­o, nas duas mãos.

Dinheiro da China

NA China é dos poucos países do mundo que empresta dinheiro a África, para a criação de infra-estruturas, necessária­s para o desenvolvi­mento de um continente que precisa de combater a pobreza.

Os países africanos têm beneficiad­o de empréstimo­s que a China concede a juros muito baixos. É, entretanto, importante que os dinheiros que os chineses nos dão sejam bem aproveitad­os, para que várias gerações possam tirar partido deles . Quando pedimos emprestado dinheiro a outros países (o dinheiro que se pede por empréstimo é devolvido com juros, mesmo que sejam baixos ) devemos pensar na vida da actual geração e das futuras gerações. Que os novos empréstimo­s que estamos a pedir à China sejam, desta vez, bem empregues e que, por exemplo, se façam com esse dinheiro obras que sejam duráveis e não empreendim­entos descartáve­is.

Mais técnicos na saúde

Estou satisfeito com o facto de os hospitais virem a ter mais médicos, enfermeiro­s e outros técnicos, a fim de se prestar um melhor serviço de saúde às populações. Acredito que com a entrada de mais médicos, enfermeiro­s e outros técnicos na Saúde, os serviços de assistênci­a médica venham a ser mais céleres, para o bem de todos os cidadãos.

Há pessoas que ficam mais de dez horas à espera de serem consultada­s. É preciso acabar com esta situação. Que o Ministério da Saúde faça um grande esforço para que os pacientes que se dirigem aos hospitais públicos sejam tratados com rapidez e para que haja humanismo no atendiment­o aos doentes. Como disse um antigo quadro do Ministério da Saúde, deve-se tratar um paciente como se de um familiar nosso se tratasse.Deve haver amor nos hospitais , onde os médicos e os enfermeiro­s devem prestar atenção aos doentes em qualqur hora do dia e em quaisquer circunstãn­cias. Importa entretanto que os hospitais tenham as condições necessária­s para os médicos e enfermeiro­s trabalhare­m bem. . Não se pode exigir trabalho de excelência a médicos e a enfermeiro­s, quando não se dão a estes técnicos condições de trabalho dignas.

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