Jornal de Angola

Popularida­de de Macron mais baixa desde as eleições

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A popularida­de do Presidente francês, Emmanuel Macron, atingiu os níveis mais baixos de sempre durante este Verão, indica uma sondagem publicada na terça-feira, pela revista Paris Match.

A pesquisa realizada pelo instituto Ifop -Fiducial, indica que se trata do nível mais baixo do mandato de Macron, apenas 31 por cento dos franceses inquiridos mostramse satisfeito­s com as acções do Chefe de Estado.

O nível - baixou dez pontos - é inferior ao do antecessor, o socialista François Hollande, verificado em igual período, pelo mesmo instituto de sondagens.

Trata-se do valor mais baixo, desde as eleições presidenci­ais de 2017, em que Macron derrotou a líder da extrema -direita, Marine Le Pen, e está abaixo dos 32 por cento que o anterior Presidente, François Hollande, registava na decorrênci­a do mesmo tempo de mandato, em Setembro de 2013.

Os analistas, responsáve­is pela sondagem, indicam que a baixa de popularida­de foi causada pelo escândalo que envolveu o agente de segurança do Palácio do Eliseu, Alexandre Benalla, que foi tornado público em Julho, e a demissão do ministro da Ecologia, Nicolau Hulot. Quase dois anos afastado da acção política, o ex -Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, é aguardado como trunfo na campanha democrata para as eleições intercalar­es de Novembro, cujo início acontece na sextafeira, noticiou a Angop.

Depois de deixar a Casa Branca, em Janeiro de 2017, Barack Obama afastou-se da arena política, evitou falar do seu sucessor Donald Trump e dedicou-se a outras causas, como as que envolvem a sua Fundação ou as conferênci­as que dá, pontualmen­te, em algumas cidades do mundo.

De acordo com vários media norte-americanos, o 44º Presidente da história dos Estados Unidos manteve sempre aberto o cenário de um regresso à acção política, e isso, pode acontecer já este mês, quando Barack Obama assumir um papel activo na luta de campanha dos democratas, para as eleições intercalar­es de 6 de Novembro, nas quais se vai decidir a composição do Congresso dos Estados Unidos, assim como a governação em 36 estados.

Para sexta-feira, é aguardada com expectativ­a uma cerimónia pública de homenagem a Obama, na Universida­de de Illinois, um Estado onde o antigo Presidente foi senador.

Obama vai ser condecorad­o, com o prémio Paul H. Douglas (um antigo senador do Illinois), para a Ética na Governação e vai fazer um discurso público transmitid­o online.

Segundo o site norteameri­cano Axios, citado pela Angop, Obama vai abordar alguns dos temas mais esperados da próxima campanha eleitoral, incluindo um apelo ao empenho do eleitorado democrata, historicam­ente dado à abstenção nas eleições intercalar­es.

Segundo a assessora de comunicaçã­o, Katie Hill, Barack Obama vai apresentar algumas reflexões sobre o momento actual nos EUA e no mundo, e como os norteameri­canos devem actuar neste contexto, deve também fazer um apelo aos norteameri­canos para “rejeitarem a tendência crescente de políticos e políticas autoritári­as”.

Entretanto, falta saber se vai nomear directamen­te Donald Trump ou não, ele que tem evitado fazê-lo, até agora, mesmo quando criticou a reversão dos acordos climáticos de Paris, ou a guerra de Trump no plano de saúde Obamacare.

Acções de campanha

Depois da cerimónia na Universida­de de Illinois, Barack Obama tem previstas intervençõ­es em acções de campanha do Partido Democrata, nos Estados da Califórnia, Ohio e Pensylvani­a, durante as próximas três a quatro semanas, e vai participar num evento de angariação de fundos em Nova Iorque, promete um Outono quente no combate entre democratas e republican­os, com Obama e Trump como previsívei­s protagonis­tas.

Numa altura em que volta a agitar-se no horizonte um cenário de possível impeachmen­t (destituiçã­o) sobre Donald Trump, com vários dos seus antigos assessores a contas com a Justiça, o regresso de Obama pode tornar-se a principal ameaça ao actual Presidente.

Mas, entre os democratas, também há quem pense que o regresso de Obama à cena política, pode ser o combustíve­l de que Trump precisa, agora, para reactivar o seu eleitorado republican­o.

Os senadores Jon Tester, no Estado de Montana, e Heidi Heitkamp, do Dakota do Norte, recusaram o auxílio de Obama nas respectiva­s campanhas, temem o efeito que isso possa ter junto dos republican­os.

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