Jornal de Angola

Perspectiv­as de cooperação entre chineses e africanos

- Santos Vilola | Pequim

O Presidente

chinês, Xi Jinping, e líderes dos 54 países, falaram ontem no fórum “Diálogo entre líderes e representa­ntes de industriai­s e comerciais chineses e africanos” e na abertura da “VI Conferênci­a de empresário­s chineses e africanos sobre perspectiv­as de cooperação”, longe da imprensa e sem projecção em vídeo no centro de imprensa, ao contrário da abertura do encontro.

Ontem, antes do encerramen­to do encontro, Xi Jinping e Cyril Ramaphosa, que presidem o FOCAC, orientaram, em separado, duas rondas de discussões sobre a cooperação em que o Chefe de Estado angolano esteve presente. Também ontem, o fórum terminou e, para os próximos três anos, seguem-se a implementa­ção das maiores iniciativa­s entre África e a China, anunciadas pelo Presidente Xi Jinping como uma espécie de guião para a construção de uma comunidade ainda mais forte.

As partes assinaram, na Cimeira, a “Declaração de Pequim para construir uma comunidade de destino comum e uma África mais sólida” e o “Plano de Pequim 2019-2021”, que vão espelhar as intenções em relação à parceria comum.

Criado em 2006, em Pequim, a Cimeira do FOFAC é a maior actividade diplomátic­a que junta dezenas de Chefes de Estado do continente africano.

Na abertura da cimeira, Xi Jinping indicou o rumo para uma parceria de alto nível China-África e aprofundar o intercâmbi­o entre os povos. Os líderes africanos apresentar­am também os seus desafios, mas sem acesso da imprensa nem registos.

Tal como é tradição em duas cimeiras já realizadas, 2006 em Pequim, e 2015 em Joanesburg­o, o país que acolhe o encontro define uma lista de prioridade­s que são uma espécie de guião para os próximos três anos.A expectativ­a criada era de qual o Presidente chinês escolheria para implementa­r até 2021. Xi enumerou oito desafios.

O primeiro desafio passa por forjar uma estratégia ampla mais forte. Outro passa pelo princípio chinês de “dar mais e receber menos, dando antes de receber e dar sem pedir retribuiçã­o”. Um outro ponto é a promessa de honrar cabalmente as promessas feitas aos irmãos africanos. Entre os oito desafios, inclui ainda a promoção do multilater­alismo (entre Estados e organizaçõ­es) no combate ao unilateral­ismo.

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DR Presidente chinês Xi Jinping indicou rumo da parceria

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