Confrontos entre pastores provocam onze mortes
Onze pessoas foram assassinadas, devido aos ataques protagonizados por pastores da etnia fulani, na área de Lopandet Dwei, no Estado de Plateau, confirmou ontem a Polícia nigeriana, citada pela Prensa Latina.
O porta-voz da corporação, Tyopev Terna, adiantou que 12 pessoas ficaram feridas no ataque e tiveram de receber tratamento nos hospitais de Jos e de Plateau. O incidente que foi ontem divulgado, ocorreu no domingo, quatro dias depois de um outro ataque similar contra as comunidades do distrito Foron Barikin Ladi, do mesmo Estado.
O responsável acrescentou, que foi desdobrado mais pessoal para a zona, para evitar novas escaramuças e que continuam a ser investigadas as causas dos incidentes.
Em anteriores assaltos às partes beligerantes, as comunidades berom e fulani, culpabilizaram-se mutuamente, pela responsabilidade dos actos.
O porta-voz da comunidade Berom, Jatau Davou, afirmou ao diário “Premium Times” que testemunhas oculares viram pessoas com uniforme militar, em motocicletas. As escaramuças aconteceram, durante a ausência do governador de Plateau, Simon Lalong, que estava em Beijing, a integrar a delegação nigeriana que participa na cimeira China -África. De acordo com dados do instituto de análises Internacional Crisis Group, o conflito entre pastores fulanis e criadores, no centro da Nigéria, causou na primeira metade de 2018, mais de 1.300 mortos, seis vezes mais que os assassinatos perpetrados nesse período, pelo grupo terrorista Boko Haram.
Por outro lado, desde o mês de Janeiro, 300 mil pessoas abandonaram os seus locais de residência, para fugirem à violência.