Projecto Okavango pode retomar no próximo ano
Os primeiros trabalhos consistiram no levantamento topográfico, estudos dos recursos hídricos, faunísticos e florestais, locais históricos, hábitos e costumes
O Pólo de Desenvolvimento Turístico da Bacia do Okavango, que se encontra paralisado por razões de ordem financeira, pode retomar no próximo ano. O secretário-geral do Ministério da Hotelaria e Turismo, António Júlio da Silva, disse em Menongue, Cuando Cubango, que o projecto, cuja exploração Angola vai partilhar com Botswana, Namíbia, Zâmbia e Zimbabwe, está inserido no orçamento daquele departamento ministerial para 2019. António Júlio da Silva, que falava na apresentação do novo corpo directivo do Pólo de Desenvolvimento Turístico da Bacia do Okavango, não adiantou o valor a ser aplicado no projecto.
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O Pólo de Desenvolvimento Turístico da Bacia do Okavango, cuja exploração Angola vai partilhar com Botswana, Namíbia, Zâmbia e Zimbabwe, está entre os projectos inseridos no orçamento do Ministério da Hotelaria e Turismo para 2019, anunciou em Menongue, Cuando Cubango, o secretário-geral daquele departamento governamental.
António Júlio da Silva, que falava durante a apresentação do novo corpo directivo do Pólo de Desenvolvimento Turístico da Bacia do Okavango, não adiantou o valor que será aplicado no projecto, salientando apenas que a verba vai servir para retomar as actividades que tinham sido interrompidas por falta de dinheiro.
Criado pelo Decreto Presidencial número 56/11 de 24 Março, o Pólo de Desenvolvimento da Bacia do Okavango está localizado na confluência dos rios Cubango e Cuito, no município do Dirico, a cerca de 600 quilómetros da cidade de Menongue, na fronteira com a Namíbia
Os primeiros trabalhos no local consistiram no levantamento topográfico, estudos dos recursos hídricos, faunísticos e florestais, locais históricos, hábitos e costumes da população. O projecto contempla a construção de edifícios administrativos, lodges (alojamentos), restaurantes e similares, entre outras infra-estruturas de apoio ao turismo.
António Júlio da Silva disse que, da parte namibiana, na localidade de Ndyona, as obras estão em fase avançada em termos de construção de infra-estruturas hoteleiras, ao ponto de já ter começado a receber turistas.
Da parte angolana, prosseguiu, impõe-se a necessidade de o Estado fazer a sua parte, com a criação de infra-estruturas básicas, como estradas, sistemas de água potável e energia eléctrica, para permitir que os empresários interessados em investir encontrem as mínimas condições.
O Ministério da Hotelaria e Turismo, de acordo com António Júlio da Silva, tem um plano de revitalização das actividades nos pólos de desenvolvimento turísticos de Calandula (Malanje), Bacia do Okavango (Cuando Cubango) e Cabo Ledo (Luanda).
Empossado na segundafeira, Francisco Moisés Nele foi reconduzido ao cargo de director-geral do Pólo de Desenvolvimento Turístico da Bacia do Okavango.
Francisco Moisés Nele disse que, nesse momento, as actividades no Pólo de Desenvolvimento Turístico da Bacia do Okavango se encontram paralisadas, por razões financeiras. Reconheceu que Angola está em desvantagem em relação à Namíbia, que já construiu importantes infra-estruturas hoteleiras que lhe permitem receber turistas.
Considerado um dos maiores e mais ambiciosos planos turísticos em todo o mundo, Okavango/Zambeze é um projecto transfronteiriço que abrange cinco países e que tem uma dimensão de 278 mil quilómetros quadrados, dos quais Angola possui 87 mil.
Os restantes quilómetros quadrados pertencem ao Zimbabwe, Botswana e à Namíbia, com a menor parcela do projecto.
Nos 87 mil quilómetros do território angolano, no Cuando Cubango, o projecto vai abranger as áreas de conservação e as reservas de Luina e Mavinga, Coutada Pública do Luiana, de Longa Mavinga, Luengue e Mucusse.