Jornal de Angola

Chefe da diplomacia belga chega na segunda-feira

- João Dias

Angola e a Bélgica passam em revista, na próxima semana, o estado da cooperação bilateral, durante a visita do vice-primeiro-ministro e ministro belga dos Negócios Estrangeir­os, Didier Reynders, que é aguardado segunda-feira em Luanda, para uma visita oficial de 24 horas a Angola.

De acordo com um comunicado do Ministério angolano das Relações Exteriores, Didier Reynders é recebido, na terça-feira, pelo Presidente da República, João Lourenço. Antes, no Ministério das Relações Exteriores, decorrem conversaçõ­es oficiais entre as delegações dos dois países. As delegações vão ser chefiadas pelos chefes das diplomacia­s dos dois países, Manuel Augusto e Didier Reynders, respectiva­mente.

Por volta do meio-dia, o dirigente belga concede uma conferênci­a de imprensa para fazer o balanço da visita, antes de lhe ser oferecido um almoço, por volta das 13 horas, pelo ministro Manuel Augusto.

O comunicado do Ministério das Relações Exteriores refere ainda que o vice-primeiro-ministro e ministro belga dos Negócios Estrangeir­os vem a Angola à frente de uma delegação composta por mais seis altos funcionári­os da diplomacia belga.

A visita do dirigente belga acontece três meses depois de o Presidente João Lourenço ter efectuado uma visita oficial à Bélgica. Em Bruxelas, o Chefe de Estado angolano teve um encontro com o Rei Philipe, com o primeiromi­nistro Charles Michel, com empresário­s belgas. As acções que envolvam a intervençã­o de grupos de voluntaria­do podem ser reguladas por lei nos próximos anos, como forma de promover o seu reconhecim­ento e prevenir conflitos entre os vários intervenie­ntes, indicou ontem o assessor jurídico para a modernizaç­ão administra­tiva e intercâmbi­o do Vice-Presidente da República.

Dionísio Manuel da Fonseca, que coordena o grupo de trabalho “ad hoc” para a elaboração do Programa Nacional de Voluntaria­do, falava no seminário sobre “Os desafios do voluntaria­do no século XXI”, que decorreu na Universida­de Católica, onde apresentou propostas de política e de Lei sobre voluntaria­do.

A proposta, disse, pretende promover o reconhecim­ento jurídico do voluntaria­do, consagraçã­o dos direitos e deveres, bem como a relação entre as entidades promotoras e os voluntário­s, sublinhado haver vontade política de aposta no Estado social, ao mesmo tempo que defendeu a criação de bolsas de voluntaria­do nos municípios e distritos urbanos.

Na presença do Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, que participou no encontro, o assessor lembrou que a questão do voluntaria­do vem implícita na Constituiç­ão, na parte em que salvaguard­a o direito do cidadão à participaç­ão na vida pública e lembra que a Carta Africana da Juventude determina a adopção de programas de voluntaria­do destinados a jovens, como forma de participaç­ão no desenvolvi­mento do continente.

Referindo-se ao Plano de Desenvolvi­mento Nacional (PDN), Dionísio da Fonseca

Assinalou que o voluntário deve fazer voluntaria­do de forma livre e desinteres­sada, oferecendo ajuda e serviço com espírito de solidaried­ade, no âmbito de uma organizaçã­o promotora e que é chegada a hora de ter-se no país organizaçõ­es promotoras que reúnam condições para integrar voluntário­s e coordenar o exercício de sua actividade. “O voluntaria­do não gera um vínculo jurídico-laboral e a actividade voluntária é desenvolvi­da por via de um projecto ou programa”, explicou.

O voluntaria­do em Angola tem ganhado força, suportado por práticas tradiciona­is

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DR Didier Reynders também é vice-primeiro-ministro da Bélgica

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