Saber ler e escrever dá “asas para voar” na vida
"Quando se aprende a ler e a escrever, a pessoa é livre para sempre", realça o representante em Angola da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), Nicolau Bubusi, numa mensagem por ocasião do Dia Internacional da Alfabetização.
Nicolau Bubusi acentuou que a alfabetização é o primeiro passo para a liberdade e para a libertação das condicionantes sociais e económicas, sendo também um pré-requisito para o desenvolvimento individual e colectivo.
A alfabetização "reduz a pobreza e as desigualdades, cria riqueza e ajuda a erradicar problemas de nutrição e de saúde pública", lê-se na mensagem, que menciona os progressos consideráveis alcançados, nas últimas décadas, em todas as regiões do Mundo.
“Milhões de homens e mulheres foram resgatados da ignorância e da dependência através de amplos movimentos de alfabetização e de democratização do acesso à educação", afirma Nicolau Bubusi.
De acordo com a UNESCO, no Mundo mais de 360 milhões de crianças e adolescentes não estão matriculados, 617 milhões não adquirem as competências mínimas em literacia e numeracia, 750 milhões de jovens e adultos ainda não sabem ler nem escrever e, destes, dois terços são mulheres.
Preparar os jovens e adultos para o emprego ainda é um desafio, razão por que é indispensável o acesso à aprendizagem durante toda a vida, afirma Nicolau Bubusi, que disse estar a agência especializada das Nações Unidas activamente envolvida na redefinição de políticas de alfabetização e a incentivar práticas educacionais inovadoras.
O "8 de Setembro" foi instituído em 1966 como Dia Internacional da Alfabetização, numa reunião de ministros da Educação, decorrida em Teerão, capital do Irão.
O objectivo da efeméride é despertar a consciência da comunidade internacional para um compromisso mundial em relação ao desenvolvimento da educação e à promoção da alfabetização como um instrumento para empoderar indivíduos, famílias e a sociedade.
De acordo com a UNESCO, muitos jovens que frequentam escolas de artes e ofícios não têm competências de leitura, escrita e cálculo matemático. A necessidade de habilidades para a vida é um factor "sine qua non" para o exercício da cidadania e a garantia dos direitos universais do cidadão, lê-se na mensagem da UNESCO, que dá ênfase ao facto de ser possível só através da alfabetização o exercício da cidadania.